Além de descobrir de que forma é possível preservar este fruto, para que possa ser consumido fora do seu curto período de produção, o estudo mostra ainda quais as propriedades funcionais e nutricionais da ginja de Óbidos, nomeadamente do fruto e dos produtos derivados.
A equipa de investigação descobriu que o potencial antioxidante da ginja de Óbidos não se restringe apenas ao fruto que é, atualmente, conhecido pela sua utilização na produção da ginjinha, mas encontra-se, também, nos seus subprodutos, particularmente nas folhas e nos caules.
Neste sentido, já foram desenvolvidas duas formulações de doces de ginja e duas de bolacha, ginja cristalizada e gomas de ginja. O projeto deu origem, ainda, a uma linha de produtos funcionais à base de ginja de Óbidos, em que as propriedades funcionais e nutricionais foram caracterizadas e validadas pela Escola Superior de Biotecnologia da Católica Porto. Os pedúnculos da ginja foram, também, combinados numa formulação de infusão “com grande potencial sensorial e com elevadas propriedades antioxidantes validadas”, refere a Universidade Católica do Porto, em comunicado.
Neste momento, já estão a ser desenvolvidos produtos de dermocosmética a partir de subprodutos da ginja de Óbidos, num projeto na Universidade Lusófona liderado por Elisabete Maurício, cujas formulações foram desenvolvidas na empresa Elisa Camara.