Segundo Luís Vasconcellos e Souza, presidente da Anpromis, o milho afigura-se como “a única cultura capaz de, em extensão, vir a ocupar uma parte significativa da área que poderá vir a ser disponibilizada pelas infraestruturas decorrentes do projeto Alqueva”.
“Com o potencial surgimento de cerca de 70 mil ha de regadio no Alqueva, Portugal poderá vir a atingir a sua autossuficiência em milho contrariando assim os elevados índices de importações que se encontram na ordem de um milhão de toneladas” acrescenta.
A aposta na cultura de regadio foi ainda partilhada por José Filipe Guerreiro Santos da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A., (EDIA) que reconheceu que “o milho desempenha um papel absolutamente vital na ocupação do regadio privado e público”.
Do lado de quem produz esteve António Parreira que, enquanto agricultor e presidente da Associação de beneficiários do Roxo, apelou a uma maior motivação referindo ser importante a criação de infraestruturas de comercialização, a organização no setor da água e do regadio de modo a criar uma conjuntura atrativa ao investimento e a disponibilização de programas que permitam dinamizar o regadio ou transformar o sequeiro em regadio.