De acordo com este estudo, realizado no último ano, as novas tecnologias aplicadas às práticas vitícolas podem ser decisivas nesta adaptação: “técnicas como o controlo da restrição hídrica da planta, incremento da utilização eficiente da água, zonagem climática, diversidade genética da videira e medidas de curto prazo como a aplicação de ‘protetores solares’ nas folhas ou a alteração de sistemas de condução”, revela este investigador.
O estudo incidiu sobre vários fatores do clima do Douro, utilizando ferramentas que permitem novas abordagens no domínio da análise espacial do clima, caso da base WorldClim para o período 1950-2000.
Gregory Jones defende que seguir as abordagens da viticultura sustentável e inovadoras em todo o sistema produtivo é o segredo para enfrentar o aumento da temperatura média anual estimada entre 1,4 graus e 3,3 graus até 2050. Quanto à chuva, espera-se uma diminuição de 10 a 42% durante a estação de crescimento até 2080.
Estas projeções vão ao encontro de outros estudos realizados na península ibérica que já apontavam para aumentos nas temperaturas médias, mais significativos no verão do que no inverno, maior variedade e frequência de anomalias mensais de temperatura e uma maior redução de chuvas nos meses de primavera no último terço do século XXI.