A Associação Nacional de Proprietários Rurais, Gestão Cinegética e Biodiversidade (ANPC) está satisfeita com as palavras adotadas pelo ministro do Ambiente e da Ação Climática. Numa visita ao Pinhal de Leiria, na Marinha Grande, João Pedro Matos Fernandes considerou que “a caça é uma atividade da maior relevância para a manutenção da biodiversidade”.
Para a associação, as declarações de Matos Fernandes são “da maior importância para o setor da caça”, uma vez que que demonstra uma atitude “informada e construtiva” para o futuro da atividade em Portugal, “sobretudo depois do lamentável caso da Herdade da Torre Bela”, refere em comunicado.
“Estas palavras trazem confiança ao setor, pois perspetivam uma atitude de compreensão para o relevante papel que a caça desempenha ao nível ambiental e da proteção dos habitats, contrastando de forma muito evidente com o extremismo animalista e o preconceito ideológico que um pequeno partido político tem tido contra a caça”, defende António Paula Soares, presidente da ANPC.

No mesmo comunicado, a associação apela ao ministro do Ambiente que “dialogue com o setor” e que “imprima uma nova dinâmica ao Centro de Competências para o Estudo, Gestão e Sustentabilidade das Espécies Cinegéticas e Biodiversidade”, defendendo que “o conhecimento, a ciência e a tecnologia podem desempenhar um papel fundamental, não só para o sector, mas também para a promoção da biodiversidade e da conservação da natureza”.
De acordo com a ANPC, a atividade cinegética pode contribuir para o “equilíbrio dos ecossistemas”, bem como para uma “maior sustentabilidade da gestão das populações animais”, atendendo a uma “regulação adequada, assente em critérios de ponderação e racionalidade, sejam elas cinegéticas ou não”.
“Há um dever de auscultar os Proprietários Rurais, os gestores cinegéticos, agricultores e gestores florestais que, quotidianamente, dão vida ao interior do País, criam emprego e preservam as suas propriedades e os seus recursos, arbóreos e animais”, considera a associação.