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Castas de Portugal

Castas de Portugal: Aragonez

casta Aragonez

Casta autóctone Ibérica

Sinónimo: Tinta Roriz (P, ZA), Tempranillo (AU, ES, FR, GR, IL, MA), Cencibel (ES).

Superfície total vitícola 5.3%. Utilização actual desta casta em plantações é 27% do total plantado. 1º lugar no ranking das castas tintas em novas plantações.

Informação Viticert

 Morfologia  (observado no Alentejo, publicação IVV)

Extremidade do ramo jovem: Aberta, com orla carmim de intensidade média, média a forte densidade de pêlos prostrados.

Folha Jovem: Amarelada com tons bronzeados, página inferior com média a forte densidade de pêlos prostrados e de pêlos erectos.

Flor: Hermafrodita.

Pâmpano: Estriado de vermelho, com gomos verdes.

Folha Adulta: Grande, pentagonal, com cinco lóbulos, o central bem desenvolvido; limbo verde médio, irregular, ligeiramente bolhoso e enrugado, página inferior com média densidade de pelos erectos; dentes grandes e convexos; seio peciolar e seios laterais fechados, com base em U.

Cacho: Médio, cilindrico-cónico, medianamente compacto, pedúnculo de comprimento médio.

Bago: Arredondado, médio e negro-azul; película de espessura média, polpa de consistência média.

Sarmento: Castanho amarelado.

Dr. Eiras Dias INIAP-EVN

rama da casta Aragonez

Fenologia

Abrolhamento: Época média, 9 dias após a ‘Castelão’.

Floração: Época média, 6 dias após a ‘Castelão’.

Pintor: Médio, 2 dias antes da ‘Castelão’.

Maturação: Época média, em simultâneo com a ‘Castelão’.

Responsável Dr. Eiras Dias EVN

 Fisiologia

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Porte semi-erecto. Vigor forte. Pouco sensível ao desavinho.

Sensível ao Oídio e à Cigarrinha Verde. Bastante produtiva.

Produção excessiva faz baixar a qualidade do vinho de modo assinalável.

Dr. Eiras Dias INIAP-EVN

 Valor genético

Não tem proximidade molecular às castas nacionais, a sua origem é o nordeste de Espanha.

Coeficiente de variação genotípico do rendimento médio

h2G(%)0 57.7; C.V.G = 17,9%

Informação Prof. Antero Martins-ISA

folha de videira da casta Aragonez07Casta classificada

No vinho regional do Minho, de Trás-os-Montes, da Estremadura, no Ribatejo, nas Terras dos Sado, no Alentejano e no vinho regional do Algarve. Nos vinhos de qualidade – VQPRD de Chaves, Valpaços, Planalto Mirandês, Porto, no DOC Douro, nas sub-regiões do vinho regional Beiras (excepção Terra do Sicó); no Távora Varosa, Dão, Beira Interior, Óbidos, Alenquer, Arruda, Torres Vedras; e em todas regiões do Alentejo.

Informação Anuário IVV

 Descrição geral

Casta conhecida desde há muitos séculos no Alentejo e no Douro, de maior distribuição na Espanha onde tem muitas sinonímias. Do ponto de vista vitícola o Aragonez é muito estimado pelos vinhateiros, pois é generoso a produzir e precoce, protegendo-se das chuvas antecipadas de Setembro, tem um abrolhamento tardio, o que a protege um pouco das geadas da Primavera. Sensível ao míldio e às cicadelas. Perigo na redução da qualidade pois tem tendência para produção exagerada, bem cultivada produz vinhos de grande elegância aromática.

Prof. Virgílio Loureiro-ISA

 Descrição do vinho monovarietal

Os vinhos dela obtidos são bem providos de matéria corante e aromaticamente intensos e complexos. Desenvolvem inicialmente aromas de ameixas e frutos silvestres, que se complexam com a evolução. Macios ao sabor, os vinhos elementares de Aragonez possuem algum acídulo, são estruturados, taninosos e bastante complexos. Apresentam grandes qualidades organolépticas, que contribuem para a grande valorização desta variedade.

Eng.º Paulo Laureano/CVRA

Casta piloto para Portugal segundo o Cluster Porter.

 Qualidade do material vegetativo

Material policlonal com garantia Porvitis. Material certificado clone: 106, 110, 111, 114 e 117 JBP (Plansel). Material certificado clone: 54, 55, 56, 57, 58, 59 e 60 (EAN).