Casta autóctone portuguesa
Sinónimos reconhecidos João de Santarém(1) ou Periquita(2).
A actual utilização para plantações desta casta é de 8,03%.
Informação Viticert
Morfologia
Extremidade do ramo jovem: Aberta, com orla ligeiramente carmim e elevada densidade de pêlos prostrados.
Folha Jovem: Amarelada, página inferior com elevada densidade de pêlos prostrados.
Flor: Hermafrodita.
Pâmpanos: Verde, com gomos verdes.
Folha Adulta: Tamanho médio, pentagonal, com cinco lóbulos. Limbo verde médio, irregular, medianamente bolhoso, página inferior com elevada densidade de pêlos prostrados. Dentes médios e convexos. Seio peciolar pouco aberto, com a base em chaveta, seios laterais abertos em V.
Cacho: Médio, cónico-alado, compacto. Pedúnculo curto.
Bago: Arredondado, médio e negro-azul; película medianamente espessa, polpa firme.
Sarmento: Amarelado.
Dr. Eiras Dias INIAP-EVN
Fenologia
A Castelão é considerada casta-referência para os estados fenológicos das castas tintas.
Abrolhamento: Precoce.
Floração: Precoce.
Pintor: Época média.
Maturação: Época média.
Dr. Eiras Dias INIAP-EVN
Fisiologia
Bastante versátil. Porte erecto. Vigorosa. Boa produtividade. Tendência para rebentação múltipla. Sensível ao desavinho. Pouco sensível à podridão, no período de maturação. No período de floração é sensível à podridão, que ataca o pedúnculo do cacho.
Dr. Eiras Dias INIAP-EVN
Valor genético
Variabilidade intravarietal do rendimento médio
(C.V.G = 13,66%)
Prof. Antero Martins ISA
Casta classificada
Vinho regional do Minho, de Trás-os-Montes, das Beiras nas sub-regiões da Beira Alta e Beira Litoral, da Estremadura, no Vinho Regional “Ribatejano”, das “Terras do Sado”, “Alentejano” e ainda no Vinho Regional do Algarve.
Nos DOC do “Porto”, “Douro”, de “Távora-Varosa”, “Beira Interior” na sub-região da Cova da Beira, “Óbidos”, “Alenquer”, “Arruda”, “Torres Vedras” e “Carcavelos”, e nos DOC “Ribatejo”, de “Palmela”, do “Alentejo”, “Lagos”, “Portimão”, “Lagoa”, “Tavira”.
Nos IPR da Encosta de Aire e de Alcobaça.
Informação Anuário IVV
Descrição geral
Uma das variedades tintas mais cultivadas em Portugal, sendo melhor conhecida por Periquita, nome que lhe vem da “Cova da Periquita”, quinta de José Maria da Fonseca onde os seus vinhos começaram a ganhar fama.
Tem um excelente poder de adaptação a condições ambientais muito diferenciadas, podemos mesmo afirmar que esta é uma casta muito versátil, desafiando constantemente a imaginação dos enólogos.
Publicação Repsol/Prof. Loureiro
Descrição do vinho monovarietal
Nas areias de Poceirão e Fernando Pó em bons anos origina belos vinhos de guarda, carnudos, com notas aromáticas de frutos vermelhos e plantas silvestres, que “casam” muito bem com o perfume do carvalho francês. Noutras zonas pode apresentar comportamento enológico muito diferente. Os vinhos reflectem a natureza das uvas, apresentando-se abertos de cor, com menor capacidade de envelhecimento e mais adequados para beber novos.
Publicação Repsol/Prof. Loureiro
Qualidade do material vegetativo
Material de selecção garantia Porvitis.
Material certificado clone: 5, 25, 26 JBP (Plansel).
Material certificado clone: 27, 28, 29, 30, 31, 32 e 33 (EAN/RNSV).
Alguns vinhos no mercado
José Maria da Fonseca; Bright Brothers, Lda; Casa Santos Lima; Quinta da Alorna; Roquevale; Casa Agr. Santos Jorge; Marcolino Sebo; entre outros.