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Castas de Portugal

Castas de Portugal: Tinta Miúda

Tinta Miúda cacho px

Casta mediterrânica

Sinónimos Reconhecidos: Graciano (Espanha e Austrália), Morrastel (França), Xeres (Califórnia).

 

A utilização para plantações desta casta é actualmente de cerca de 0,5%.

Informação Viticert

 

Morfologia

Extremidade do ramo jovem: Aberta, com pigmentação antociânica média, na orla, e média densidade de pêlos prostrados.

 

Folha Jovem: Avermelhada, página inferior com média densidade de pêlos prostrados.

Flor: Hermafrodita.

 

Tinta Miúda folha

Pâmpanos: Estriado de vermelho, gomos verdes.

Folha Adulta: Média, pentagonal, quinquelobada. Limbo verde escuro, plana, bolhosidade média a forte. Página inferior com média densidade de pêlos prostrados e pêlos erectos que transmitem um toque aveludado. Dentes médios e rectilíneos. Seio peciolar com lóbulos ligeiramente sobrepostos, base em U, seios laterais em U.

Cacho: Médio, cónico, compacto. Pedúnculo de comprimento médio.

Bago: Arredondado, pequeno, negro-azul; película medianamente espessa, polpa mole.

Sarmento: Castanho amarelado, com tons vinosos.

Dr. Eiras Dias INIAP-EVN

Fenologia

Abrolhamento: Tardio, 15 dias após a ‘Castelão’.

Floração: Tardia, 9 dias após a ‘Castelão’.

Pintor: Tardio, 10 dias após a ‘Castelão’.

Maturação: Tardia, duas semanas após a ‘Castelão’.

Dr. Eiras Dias INIAP-EVN

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Fisiologia

Porte erecto. Vigor elevado. Deve ser podada a talão. Na poda à vara tem uma rebentação muito heterogénea. Muito sensível ao desbagoamento, principalmente se chover no período de maturação.

Pouco sensível ao stress hídrico e ao oídio. Sensível ao míldio.

Dr. Eiras Dias INIAP-EVN

Valor genético

Variabilidade intravarietal média-alta.

Prof. Antero Martins ISA

Casta classificada

Vinho de qualidade DOC: “Encosta de Aire”, “Óbidos”, “Alenquer”, “Arruda”, “Torres Vedras”, “Ribatejo” e “Terras do Sado”.

Vinho regional: “Estremadura”, “Ribatejano”.

Informação Anuário IVV

Tinta Miúda ramo

Descrição geral

Casta introduzida, provavelmente, a partir do Norte de Espanha, pelas suas características relativamente à cor. Requer zonas de produção com temperaturas elevadas e verões prolongados. Em solos húmidos e férteis pode ter problemas de falta de maturação, para além de ser sensível às doenças criptogâmicas.

Descrição do vinho monovarietal

Os vinhos são de cor intensa, encorpados, sempre que os rendimentos são moderados e a maturação completa. Têm adstringência que se vai atenuando com o envelhecimento, tornando-se vinhos muito agradáveis, com destaque para o bouquet que exibem (Ghira, 2004). A qualidade de vinho pode ser muito elevada, sendo de procurar alguma sobrematuração com a presença de passas. Os vinhos apresentam boa riqueza fenólica, são medianamente alcoólicos e ricos em ácidos orgânicos. Tem boa capacidade de envelhecimento, sendo de aptidão para envelhecimento em madeira. Recomendação para lote: Aragonez, Castelão.

Qualidade do material vegetativo

Material policlonal garantia Porvitis. Material JBP em admissão à certificação.

Alguns vinhos no mercado

JP Vinhos.