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Floresta

Governo vai apoiar 13 projetos florestais com 1 milhão de euros

Governo vai apoiar 13 projetos florestais com 1 milhão de euros iStock

O Governo anunciou o apoio a 13 projetos florestais com um investimento total de 1,078 milhões de euros, através do Fundo Ambiental, no âmbito da medida de Bioeconomia Sustentável do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

As iniciativas, que vão abranger uma área de 929,42 hectares, têm como objetivo a reabilitação e o benefício de povoamentos de pinheiro-bravo, em áreas definidas como prioritárias, através da gestão e aproveitamento da regeneração natural.

 

De acordo com o comunicado de imprensa, este financiamento tem como objetivo expandir a área disponível para a extração de resina natural, numa altura em que a produção nacional sofreu uma “redução drástica” nas últimas duas décadas.

Ao inverter a tendência recente de elevada dependência das importações de resina e os seus derivados, tanto em Portugal como na União Europeia (UE), a revitalização desta indústria permitirá “reforçar os níveis de autoabastecimento, estimular a gestão florestal ativa e sustentável, e reduzir o risco de incêndios em áreas críticas”, lê-se na nota de imprensa do Executivo.

 

Entre os projetos aprovados, destacam-se candidaturas de comunidades locais de baldios, associações florestais e autarquias, situadas em regiões com uma “forte tradição” na resinagem. A seleção foi feita com base na avaliação técnica das propostas e no cumprimento dos critérios ambientais e territoriais estabelecidos no aviso.

“Estamos a recuperar uma fileira estratégica para o país e a valorizar o mundo rural com investimento público e visão de futuro. Estes apoios mostram como o PRR está a chegar a quem faz, a quem cuida do território e a quem quer transformar as florestas portuguesas num ativo económico, ambiental e social”, garantiu Maria da Graça Carvalho, Ministra do Ambiente e Energia.

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Também o Ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, sublinhou que “Portugal tem cerca de 420 mil hectares de baldios, submetidos a regime florestal, geridos por Comunidades Locais. Um património que exige ação concertada, compromisso e visão de longo prazo. As Autarquias Locais, as Organizações de Produtores Florestais e as Comunidades Locais/Baldios são parceiros imprescindíveis do Governo, desempenhando um papel crucial. Só com planeamento, organização e rentabilidade conseguiremos valorizar verdadeiramente a floresta”.

A medida faz parte da estratégia nacional para fortalecer as cadeias de valor florestal sustentáveis, com o apoio do PRR, e está alinhada com as metas de resiliência territorial e promoção da bioeconomia estabelecidas para 2026.

 

A concretização dos projetos no terreno tem como prazo final de execução 31 de dezembro de 2025, sem possibilidade de prorrogação, avança a comunicação.