iStock A CONFAGRI apelou à criação urgente de apoios financeiros para evitar que a viabilidade económica das explorações produtoras de pera fique comprometida devido à propagação do fogo bacteriano em território nacional, permitindo assim aos agricultores manter a atividade e a competitividade no mercado global.
Segundo Nuno Serra, Secretário-Geral da CONFAGRI, “são imprescindíveis apoios para as regiões contaminadas pelo fogo bacteriano de modo a evitar a distorção da concorrência entre os produtores ibéricos e, sobretudo, que os produtores portugueses fiquem para trás”.
A comunicação relembra que, em Portugal, foram estabelecidas medidas preventivas que obrigam os detentores de pomares contaminados a remover e destruir, por queima ou enterramento, as partes das plantas hospedeiras com sintomas, ou a proceder ao arranque das árvores afetadas com destruição imediata pelos mesmos métodos. No entanto, reforça a CONFAGRI, “urge o estabelecimento de apoios financeiros”.
Segundo dados oficiais citados no comunicado, o nível de produção de pera, no triénio 2022-2024, sofreu uma quebra de 32% face ao triénio anterior, o que “está a ameaçar a destruição do pomar de pera, em particular de Pera Rocha”.
A comunicação enfatiza ainda que, para mitigar e prevenir os efeitos do fogo bacteriano e incentivar boas práticas no cultivo da pera, as autoridades espanholas avançaram com um apoio de 400 euros por hectare declarado nos registos oficiais, com um limite máximo de 50 mil euros por beneficiário num período de três anos.
