O Governo vai limitar o aumento do tarifário do custo da água na região do Alqueva em 24%, ao invés do aumento de 140%, caso se aplicasse a fórmula prevista anteriormente. A decisão surge após uma reunião extraordinária do Conselho para o Acompanhamento do Regadio do Alqueva.
Segundo explicado em comunicado, o aumento estabelecido para o preço da água corresponde a um valor médio de 1 cêntimo por metro cúbico (0,01€/m3).
“Esta atualização foi feita considerando um conjunto de fatores de otimização e não da aplicação de um modelo económico que previa um aumento na ordem de 140%”, explica a ministra Maria do Céu Antunes.
Esses fatores foram, entre outros:
- a implementação de um grande projeto fotovoltaico flutuante na rede primária do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA);
- a expansão do empreendimento para novas áreas de regadio, envolvendo uma diluição dos custos fixos do sistema de distribuição de água;
- um conjunto de outras pequenas economias resultantes da gestão integrada das redes primária e secundária e das economias de escala geradas.
Ainda de acordo com a governante, “é evidente a importância estratégica da implementação imediata da produção fotovoltaica para autoconsumo, no equilíbrio da gestão do projeto Alqueva e da competitividade agrícola”.
Segundo o ministério, o Parque Fotovoltaico de Alqueva, representando um investimento na ordem dos 45 milhões de euros, permitirá reduzir, em 50%, os valores das compras à rede de eletricidade.
“Estamos a investir no presente para assegurar sustentabilidade no uso da água e da energia no futuro. Este é um investimento fundamental para a sustentabilidade da atividade agrícola e a questão energética é crucial”, enalteceu.
No âmbito da criação do Livro Branco para o Regadio Público, serão promovidas, no decurso do próximo mês, reuniões regionais, tendo em vista a construção do modelo que dará sequência ao plano para o regadio 2030.
