A Comissão Europeia, no âmbito do Conselho Europeu dos Ministros da Agricultura e das Pescas da União Europeia (UE), aprovou o pagamento direto aos agricultores e Pequenas e Médias Empresas (PME’s) afetadas pelos impactos provocados pela guerra na Ucrânia. O Ministério da Agricultura e Alimentação revelou que Portugal recebe 51,1 milhões de euros, a que acresce a comparticipação nacional.
Segundo explicado em comunicado, este apoio pode atingir um limite individual máximo de 15 mil euros (agricultores) e 100 mil euros (empresas). A ministra da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes, lembrou que esta é uma “medida que Portugal defendeu desde o primeiro momento para que, de forma robusta, equilibrada e justa, possamos ajudar os agricultores a fazer face aos aumentos dos custos de produção”.
A responsável salienta que este apoio vai permitir que o “sistema alimentar possa ser garantido sem interrupções” e por isso, “se reveste da maior importância porque vai ao encontro das pretensões doa agricultores”.
Durante a reunião, a governante portuguesa destacou ainda a importância da UE discutir o problema da seca que afeta hoje os países do Mediterrâneo, mas também outros estados da UE.
Maria do Céu Antunes alertou para o facto de este ser um problema estrutural que decorre das alterações climáticas e que por isso defendeu a criação de “medidas de médio e longo prazo que vão ao encontro de uma agricultura mais competitiva e eficiente e que possa contribuir para a autonomia estratégica da Europa”.