As chuvas que se fizeram sentir no território português durante o mês de março levou ao fim da situação de seca extrema no país, que atingia mais de 60% do território no fim de fevereiro. Face a esta situação, ano hidrológico deixou este mês de ser o mais seco de sempre para ocupar o terceiro lugar. As declarações são do vice-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Pimenta Machado, avança o jornal I.
Apesar da melhoria, ainda existem locais com quantidade de água muito abaixo da média, informa o Sapo 24. As médias de armazenamento para o mês de março são nas bacias do Barlavento e do Lima de 78% e de 71,1%, respetivamente.
Estavam também com menor disponibilidade de água as bacias do Ave (40,5%), Mira (40,8%), Cávado (42,8%), Sado (49,9%), Arade (51,8%), Douro (55,1%) e Tejo (56,9).

A seca severa mantém-se em 16% do território. No entanto, Pimenta Machado nota que, ao contrário do que era esperado e do que é habitual, choveu mais a Sul do que no Norte, o que permitiu um alívio da seca mais equilibrado do que se antecipava e uma recuperação da água nas barragens também no Tejo e no Mondego.
A recuperação é mais rápida no Norte, mas para já a decisão da APA é manter a suspensão da produção hídrica nas seis barragens atualmente paradas para assegurar dois anos de consumo humano, tendo sido em Castelo de Bode definido como limite mínimo os 106 metros.