O Ministério da Agricultura do Quénia está a desenvolver um plano nacional para a utilização de drones nas explorações agrícolas de todo o país.
A iniciativa, conduzida através do Agricultural Information Resource Centre, conta com a colaboração da Fahari Aviation, uma subsidiária da Kenya Airways, criada em 2021, para desenvolver serviços de drones, mobilidade aérea urbana e formação em aeronáutica.
De acordo com o comunicado de imprensa do governo, o objetivo passa por dar resposta aos desafios urgentes do setor agrícola e pecuário, como a degradação dos solos, o uso ineficiente de fatores de produção, as pragas e os riscos climáticos.
“Os drones fornecerão monitorização em tempo real da saúde dos solos, permitindo aos agricultores aplicar intervenções direcionadas para melhorar a sua qualidade”, refere a nota de imprensa, que adianta ainda que esta tecnologia também vai “garantir o uso eficiente de fertilizantes e pesticidas, além de detetar pragas com antecedência suficiente para permitir uma resposta atempada e a proteção das colheitas”.
O setor privado do Quénia tem já vindo a explorar o potencial desta tecnologia. Em várias regiões do país, foram realizados projetos-piloto de pulverização de culturas e fertilização aérea, que demonstraram reduções significativas de custos e tempo de aplicação de fertilizantes.
Outras iniciativas têm apostado ainda em serviços de mapeamento, monitorização do estado das culturas e aplicação de fertilizantes de precisão, mostrando como os drones podem otimizar a produtividade agrícola e promover práticas mais sustentáveis.
Apesar da ambição do governo em garantir que todos os agricultores, incluindo os de pequena escala, beneficiem do plano, também sublinha que persistem obstáculos à sua implementação. Entre os principais desafios estão o elevado custo dos equipamentos e serviços associados, como baterias, software, manutenção e seguros, bem como a falta de formação local e a desigualdade digital nas zonas rurais.

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