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Agricultura

Ex-militares angolanos dedicam-se à agricultura

Portugal integra projeto europeu que vai criar ‘ferramentas’ de desenvolvimento rural sustentável

O consórcio Rede Camponesa e a Liga de Militares de Angola na Reforma (LIMIAR) assinaram esta semana um protocolo para a rentabilização das terras aráveis que pertencem aos oficiais do país na reforma. A notícia é d’ ‘O País’, que revela que os ex-militares angolanos disponibilizaram 46 mil hectares de terra para a prática da agricultura, aquela que tem sido, aliás, uma das apostas do país nos últimos anos para reduzir a sua dependência alimentar.

De acordo com o diretor do gabinete de estudos e projetos da Liga de Militares de Angola na Reforma (LIMIAR), Moisés Pedro, o objetivo desta iniciativa é promover a participação de ex-militares na rentabilização dos terrenos para o desenvolvimento da agricultura. A LIMIAR ficará, assim, responsável pela identificação de outros terrenos que possam ser cedidos para este fim, assim como pela identificação de ex-militares que estejam organizados em cooperativas agrícolas. Por outro lado, o Consórcio Rede Camponesa vai fornecer os fatores de produção necessários, nomeadamente fertilizantes e tecnologia.

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Para o presidente do Consórcio Rede Camponesa, Gentil Viana, citado pelo ‘O País’, “a valorização dos ativos dos ex-militares, muitos dos quais com terras com abundantes recursos hídricos e florestais, passa pelo incentivo do capital humano.” Segundo o responsável, “a valorização do capital humano está antes de qualquer coisa”.

Para além disso, está também a ser estudada uma forma de escoar a produção agrícola. Assim, deverá ser criado um mercado grossista no qual os produtores não terão que se sujeitar a intermediários para que os seus produtos possam ser comercializados.