“Não concebo um cenário de mais impostos sem estímulos à economia”, afirma Pedro Queiróz. “Não quero sequer equacionar um cenário em que desapareça a taxa intermédia”, acrescenta.
Para Pedro Queiróz o que é importante é que o Governo se lembre que o foco de crescimento económico deveria estar nos “bens transacionáveis que têm potencial exportador”, reiterando ainda que a indústria agroalimentar é das que “mais tem contribuído para o equilíbrio da balança comercial, com um crescimento das exportações acima da média”, e que “um novo aumento fiscal seria extremamente penalizador”.
Ontem, dia 6 de setembro, a ministra da Agricultura, Assunção Cristas, disse fez saber hoje “que o Governo está preocupado” em não aumentar o IVA sobre bens essenciais como o pão, depois da anunciada subida do imposto em alguns produtos e serviços a partir de Outubro.
Questionada pelos jornalistas sobre o possível aumento do IVA sobre o pão e o vinho, Assunção Cristas limitou-se a dizer que há “uma preocupação de não penalizar os bens essenciais”. Sublinhando que o pão e o vinho são muito diferentes “na composição do cabaz alimentar dos portugueses”. Não acrescentado no entanto, se isso significaria que o vinho iria passar a ser taxado a 23%.

“Se o pão é absolutamente essencial, o vinho é uma matéria de preocupação para nós, já devidamente sinalizada junto do Ministério das Finanças, porque é um sustento importante da agricultura e da economia portuguesa”, referiu.
Assunção Cristas afirmou ainda que seria importante manter um contexto fiscal que evitasse penalizar “esse caminho de crescimento que ainda há para fazer” no setor da produção e comercialização de vinho.
Ainda de acordo com a governante, os aumentos serão conhecidos após a conclusão de um estudo que está a ser realizado pela secretaria de Estado dos Assuntos Fiscais.