Ao semanário Sol, Domingos dos Santos, presidente da Associação Nacional de Produtores de Pera Rocha, indicou que “a conjugação de chuva, vento e frio fez com que tivéssemos uma quebra de 40% na produção”. “A pera rocha foi muito afetada porque o mau tempo veio no momento de floração”, especifica.
O responsável lamenta esta situação, uma vez que a aposta na exportação estava a dar frutos: “o ano em que mais exportámos foi na campanha de 2011/12; não tivemos produção que chegasse para tanta procura”. Os principais mercados da pera rocha são o Brasil, Inglaterra, França, Rússia e, mais recentemente, Marrocos.
Também os produtores de cereja estão a sofrer prejuízos com o mau tempo. “A chuva afetou a variedade burlat, que está toda estragada”, disse ao Sol Elvira Ferreira, da Aproced, Associação de Produtores de Cereja do Douro. Só a cereja produzida no norte do concelho de Resende é que não sofreu danos.
“A burlat ficou afetada porque amadurece mais cedo. A cereja estava vermelha e agora, por causa da chuva, está toda rachada”, aponta Elvira Ferreira. Mas se, nos próximos dias, o tempo pregar partidas, o resto da produção fica em risco: “se vier muito calor, as cerejas mudam logo de cor e perdem qualidade”. “É pena porque, em relação ao ano passado, contávamos com muito mais produção”, sublinha.