Direitos Reservados O Ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, deixou críticas aos “radicais verdes” que se manifestam contra a construção de barragens e apelou à necessidade de simplificar projetos relacionados com o setor e colocar um término na burocracia existente.
“Aquilo que depois nós temos de fazer é um outro trabalho que é a simplificação, que é acabarmos com a burocracia, eu sei que neste país há muita gente que é paga para criar problemas, no fundo, e não para resolvê-los, mas isso é algo que tem de acabar”, afirmou José Manuel Fernandes à Lusa, citado no Observador.
As declarações foram feitas na cerimónia de assinatura do contrato da empreitada de construção da rede de rega do aproveitamento hidroagrícola do Xévora, em Campo Maior, no distrito de Portalegre.
O Governante deu como exemplo o elevado tempo de espera para obter, por exemplo, uma declaração de impacte ambiental.
“Uma declaração de impacte ambiental não pode demorar cinco anos, é um prejuízo enorme que tal aconteça. Felizmente temos um primeiro-ministro que não só considera a Agricultura como estratégica e estruturante como depois tem este objetivo da simplificação, este objetivo de acelerar processos”, referiu o Ministro da Agricultura e Pescas à Lusa, citado no Observador.
E continuou: “a água é prioritária para a agricultura, a mim causa-me alguma confusão que haja, por exemplo, radicais como eu lhes chamo, radicais verdes, que são contra as construções de barragens, contra o armazenamento de água, isso era promover o deserto numa série de sítios, era contra o ambiente”.
Para José Manuel Fernandes, em declarações à Lusa e citado no Observador, “há quem queira eliminar barragens, o que era um desastre, conduzia não só ao abandono do território como ao aumento da seca e de problemas ambientais”.
De acordo com a informação avançada, o Governo vai construir a rede de rega do Aproveitamento Hidroagrícola do Xévora, a partir da Barragem do Abrilongo, num investimento que pode ultrapassar os 25 milhões de euros.
O investimento será financiado pelo Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) 2020 e terá de estar totalmente concluído até ao final de 2025. Em 2026, acontece outra fase do projeto que passa pela construção da estação elevatória de rega e o reservatório.
