Quantcast
Previsões Agrícolas

Produção de tomate de indústria atinge valor mais alto das últimas três décadas

tomate de indústria

A produção de tomate de indústria deverá atingir um valor de 1,7 milhões de toneladas, valor recorde das últimas três décadas. A previsão é do INE, que divulgou esta semana as suas previsões agrícolas do mês de outubro de 2015 e que indica que entre as restantes culturas é de esperar quebras na batata e milho de regadio.

O Boletim Mensal de Agricultura do INE explica que a colheita do tomate para a indústria decorreu “sem problemas” e que o “tempo seco que se verificou ao longo de todo o ciclo da cultura permitiu um desenvolvimento dos frutos em condições de reduzida pressão de pragas e doenças”, o que terá lavado a um aumento da produção este ano.

Assim, as previsões do Instituto Nacional de Estatística indicam que a produtividade média deverá chegar às 90 toneladas por hectare, o que conjugado com um aumento da área plantada permite estimar ima produção a atingir os 1,7 milhões de toneladas, a mais elevado dos últimos 30 anos.

Menor área plantada de batata poderá influenciar produção

Já no que diz respeito à batata de regadio, os dados apontam para uma diminuição de 5% na produção face à campanha anterior. De acordo com o INE, a quebra deverá surgir como resultado da diminuição da área plantada e de alguns problemas fitossanitários.

Produção de leite de vaca cresce 1,9%

Os dados revelam também que apesar de todos os problemas que o setor tem vindo a enfrentar nos últimos tempos, o leite de vaca produzido chegou às 155,9 mil toneladas, um crescimento de 1,9%. O volume total de produtos lácteos caiu 12,2% “devido uma vez mais ao menor volume de produtos frescos, sobretudo do leite para consumo (-15,4%) e dos leites acidificados (-10,4%)”.

banner APP

Produção de milho de regadio nos níveis do ano passado

Sobre o milho de regadio, o INE diz que a colheita iniciou-se na segunda quinzena de setembro, “havendo ainda uma área muito significativa em fase de amadurecimento/secagem”. “Em termos de produtividade, e apesar da maioria das áreas já colhidas estarem a apresentar rendimentos ao nível do ano passado, prevê-se uma redução de 5% face a 2014, essencialmente devido a problemas fitossanitários”, explica.

Mais castanha do que no ano passado

Já no que diz respeito à cultura da castanha, a precipitação registada em setembro deverá ter contribuído de forma positiva para o desenvolvimento do fruto, prevendo-se um crescimento de 20% na produtividade face à campanha do ano passado que foi bastante afetada por um ataque de septoriose.

Nas pomóideas, é de esperar um aumento de 20% na produção de maçã, que deverá chegar às 326 mil toneladas e, por outro lado, uma quebra de 30% na produção de pera, que deverá sofrer com a “falta de qualidade dos gomos florais” e com “as condições meteorológicas adversas nos períodos da plena floração e vingamento”. No pêssego prevê-se uma produção a chegar às 47 mil toneladas, “o melhor registo da última década” e na amêndoa, a produção deverá ficar bastante próxima da alcançada em 2014.

Produção de uva deverá crescer

Por fim, o INE revela ainda que até agora “as vindimas têm decorrido sem problemas” e que espera-se “um aumento de produção de 10% face a 2014”.