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VIII Congresso do Milho

VIII Congresso do Milho

Mais de 600 produtores de milho estiveram reunidos em Lisboa no VIII Congresso do Milho, promovido pela associação dos produtores de milho e sorgo, Anpromis. Com a presença de técnicos e personalidades do setor nacionais e internacionais, foram debatidos os principais desafios e oportunidades para a cultura, num ano de fortes expectativas para os produtores.

Luís Vasconcellos e Souza, presidente da Anpromis, referiu que o milho se afigura como “a única cultura capaz de, em extensão, vir a ocupar uma parte significativa da área que poderá vir a ser disponibilizada pelas infraestruturas decorrentes do projeto Alqueva”. “Com o potencial surgimento de cerca de 70 mil hectares de regadio no Alqueva, Portugal poderá vir a atingir a sua autossuficiência em milho contrariando assim os elevados índices de importações que se encontram na ordem de um milhão de toneladas” acrescenta.

A aposta na cultura de regadio foi ainda partilhada por José Filipe Guerreiro Santos da EDIA que reconheceu que “o milho desempenha um papel absolutamente vital na ocupação do regadio privado e público”.

 

Do lado da produção esteve António Parreira, agricultor e presidente da Associação de beneficiários do Roxo, que apelou a uma maior motivação, referindo ser importante a criação de infraestruturas de comercialização e organização no setor da água e do regadio de modo a criar uma conjuntura atrativa ao investimento e a disponibilização de programas que permitam dinamizar o regadio ou transformar o sequeiro em regadio.

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Quando questionada sobre qual a melhor forma de encarar o futuro de um país, a consultora da FAO, Ann Berg, tendo em conta o caso particular de Portugal, afirmou que “o investimento no regadio e na produtividade tem retorno”.

 

A organização já divulgou as principais conclusões dois dias de jornadas de trabalho, onde se destaca “o elevado potencial económico desta cultura para o nosso país e para a economia nacional”; a evidência de “que a cultura do milho é aquela que em extensão, e para as condições médias do nosso país, se encontra mais bem adaptada”; a necessidade da “defesa intransigente do regadio ao longo do próximo quadro comunitário”; “Os interesses dos produtores nacionais de milho têm que ser devidamente acautelados ao longo de todos os processos negociais que se avizinham, quer no que diz respeito ao rendimento dos produtores, quer no que diz respeito aos acordos comerciais e à revisão da Política Agrícola Comum”. Os produtores pedem ainda que sejam definidas Políticas Públicas que viabilizem a implementação desta cultura em novas áreas de regadio que venham a ser disponibilizadas. Finalmente, “A consolidação da concentração da oferta e da consequente capacidade comercial das Organizações de Produtores de Milho deve ser uma prioridade política urgente”.