Pedro Santos considera que para pôr em prática qualquer ideia de negócio há que estudar as oportunidades reais que o mercado proporciona (Portugal tem um défice da balança comercial de 3,7 mil milhões de euros), ter uma estratégia bem definida (olhar para o mercado global), envidar esforços para a organização da produção (ganhando massa crítica e poder negocial) e analisar os riscos (ver bem para os custos de cultura). E lançou algumas ideias de produtos ‘novos’ com potencial no mercado mundial. É o caso da amêndoa, cuja área de produção desceu nos últimos anos, mas as importações e exportações mantiveram-se “ e existe já um movimento grande e sustentado para a sua produção na zona de Alqueva, onde terá, certamente, futuro”. A batata-doce é outro produto com potencial, com indicadores idênticos aos da amêndoa, bem como a alcachofra, embora Pedro Santos tenha frisado que “esta é uma cultura altamente exigente e difícil de produzir”. O responsável falou também da luzerna, de que também já se tem falado para a zona de Alqueva, referindo que tem de ser pensada em integração com a agroindústria e que “sem uma desidratadora a menos de 50km não faz sentido”.
Como não há investigação em Portugal nestas novas culturas e, por vezes, nem outros produtores, Pedro Santos lembra que a curva de aprendizagem é assim mais longa e sublinha que o profissionalismo é fundamental.

O diretor-geral da Consulai terminou com uma nota de otimismo, considerando que o futuro é risonho e lembrando os apoios disponíveis para o setor nos próximos anos, tanto no PDR 2020, como no Portugal 2020.