O presidente da Adega, António Mendes, explica que em 2011 os associados entregaram 2.700 toneladas de uvas, mas que os clientes de Espanha e Rússia deram “luz verde” para a direção comprar as uvas que entendesse, avança a edição online do Expresso.
“Temos a garantia que o produto está todo vendido e é escoado até ao final do ano”, justificou.
No entanto, a adega de Mangualde não comprará uvas a produtores que integrem outras adegas cooperativas ou trabalhem com empresas privadas, porque o objetivo não é entrar em concorrência.

“Nós queremos comprar as uvas que andam moribundas na região, cujos produtores não têm onde as entregar, nem têm condições para vinificar”, esclareceu António Mendes.
O responsável referiu que, com esta estratégia, já comunicada à União Demarcada das Adegas Cooperativas do Dão (UDACA), a adega de Mangualde quer, não só rentabilizar as suas instalações, “que estão sobredimensionadas”, e conseguir rentabilidade económica, mas também valorizar o vinho da região.
“Com a retirada desses vinhos que andam no mercado paralelo, nós também iremos contribuir para a defesa da Denominação da Origem Controlada (DOC) Dão”, sublinhou.