A notícia é da EDIA: o Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva vai transferir para a Albufeira da Barragem do Roxo, concelho de Aljustrel, cerca de 15 milhões de m3 de água através da central mini-hídrica aí instalada.
Numa altura em que estão em desenvolvimento estudos e projetos para o alargamento da área de influência de Alqueva, acrescentando aos atuais 120 000 hectares de regadio novas áreas num total de 47 000 hectares, Alqueva está a assegurar a distribuição de cerca de 60 milhões de metros cúbicos de água para reforço de várias albufeiras: no Roxo iniciou-se esta semana a adução de 15 milhões de metros cúbicos para os perímetros de rega do Roxo e abastecimento público aos concelhos de Beja e de Aljustrel; Odivelas já está a receber 21 milhões de m3 para garantir os regadios da Infraestrutura 12 e Odivelas; no Vale do Gaio há um fornecimento em curso de 10 milhões de m3, essencial para o regadio naquele perímetro de rega; na Vigia a adução foi iniciada o ano passado com 2 milhões de m3 para as culturas locais e abastecimento público ao concelho de Redondo; no Monte Novo foram transferidos 5 milhões de m3 desde dezembro passado, permitindo melhorar a qualidade da água que abastece os concelhos de Évora, Reguengos de Monsaraz e Mourão. Também em Campilhas foram feitas transferências no final da campanha, para reforço do perímetro de rega.
De acordo com a EDIA, “Alqueva assume-se assim como a reserva estratégica de água que, em caso de necessidade, permitirá enfrentar os períodos de seca que no Alentejo deixam as albufeiras à beira do colapso, e possibilitando que o setor agrícola encontre na garantia de fornecimento contínuo de água o fator diferenciador que serve de base às suas opções de investimento.”
Para além disso, segundo a entidade, Alqueva encontra-se à cota 149 para uma máxima de 152 metros, equivalente a 80% da sua capacidade total, “garantindo-se assim água para mais quatro anos de seca, se for esse o caso.”