A barragem de Alqueva, no Alentejo, encontra-se a “meio metro” da sua capacidade total de armazenamento. No entanto, para José Pedro Salema, presidente da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), citado na Lusa, esta situação “não levanta nenhum problema”.
De acordo com o responsável, a barragem encontra-se na cota 152, mas ainda “não é o nível máximo de Alqueva, pois a infraestrutura está preparada para suportar carga até à cota 153″.
Segundo afirmou o mesmo, em conversa com a agência noticiosa, “mais um metro que este nível pleno de armazenamento, a que chamamos nível máximo de cheia”.
É, neste sentido, que a EDIA e a EDP, concessionária da central hidroelétrica de Alqueva, decidiram evitar a bombagem de água a partir da barragem, passando a ser utilizado o método de turbinamento para produção de energia, uma vez que vai apoiar na retirada de água da albufeira.

A EDIA também iniciou ontem, dia 12 de março, descargas na barragem de Pedrogão, em Beja, que se situa a 23 quilómetros a jusante da barragem de Alqueva.
Segundo o comunicado de imprensa desta quinta-feira, a EDIA indicou que estas descargas “irão causar um aumento temporário do caudal do rio Guadiana a jusante da barragem de Pedrógão”, no concelho de Vidigueira, na “ordem dos 280 m3/segundo”.
“Por este motivo, alertamos as populações ribeirinhas, pescadores, agricultores e demais utilizadores da zona para adotarem as precauções necessárias”, acrescentou a empresa.
José Pedro Salema explica ainda que esta se trata de uma situação “perfeitamente normal, corriqueira e que não levanta nenhum problema”, avançando que, para já, não estão equacionadas descargas de água a partir da albufeira de Alqueva.