A Amorim acumulou o prémio da categoria Produto – com o projeto “Absorventes para Derrames CorkSorb” – e o recém-criado prémio Empresas pela Biodiversidade, enquanto o Cantinho das Aromáticas venceu na categoria Processo, com o projeto “Produção de Plantas Aromáticas e Medicinais em Agricultura Biológica Urbana para Exportação”. A Secil conquistou o prémio na categoria Gestão, com o projeto “Gestão da Sustentabilidade na Secil”.
Nas três categorias foram também atribuídas duas menções honrosas à Revigrés (“Eco-Inovação para um futuro Sustentável”) e à CaetanoBus (“Autocarro Eléctrico C5 EL”), em Produto; à SimTejo (“O Telhado Vivo da ETAR de Alcântara”) e à MatrizStory (“ecoCondominio”), em Processo; e à Águas do Douro e Paiva (“Um modelo de gestão integrada sustentável para empresas de abastecimento de água”) e à Lipor (“Relatório de Sustentabilidade LIPOR 2010 – Descomplicar a Gestão”), em Gestão.
Esta já é a terceira distinção do CorkSorb, que também ganhou o PNIA (Prémio Nacional de Inovação Ambiental) e os Green Project Awards, igualmente na categoria de Produto.
A Amorim Isolamentos produz a gama CorkSorb, que é uma solução ecológica e sustentável no combate a situações de derrame de óleos e hidrocarbonetos. Utiliza como absorvente a cortiça, que é tratada termicamente para aumentar o seu poder absorvente e as características hidrofóbicas, propriedade importante em derrames no meio aquático ou em superfícies molhadas, pois absorve o poluente e não a água, evitando o gasto desnecessário de absorvente e minimizando os resíduos.
O Cantinho das Aromáticas produz plantas aromáticas, medicinais e condimentares para utilização em jardins e espaços verdes por empresas e particulares, exportando a maior parte da produção para o Sul de França. Tem marca própria de infusões e condimentos, já disponível na maior parte de lojas gourmet em Portugal.
Sobre esta distinção, Luís Alves – sócio da empresa de Vila Nova de Gaia a meias com António Jorge Sá – disse à VIDA RURAL que “é um prémio que muito nos orgulha a poucos dias de comemorarmos dez anos de atividade, neste projeto que tem sido inspirador para tantos outros novos agricultores”.
Luís Alves salientou ainda que “hoje somos uma dúzia de produtores de ervas aromáticas [secas] em Portugal, mas em 2012 seremos 20, porque há vários projetos em fase de lançamento”.
Entre 7 de junho e 30 de setembro candidataram-se aos EBAEpis 31 empresas nacionais, nove na categoria Gestão, 14 em Produto e oito em Processo, não tendo sido recebidas candidaturas na categoria Cooperação Internacional de Negócios.
Um júri constituído por 12 representantes de entidades ligadas à sustentabilidade e ao meio empresarial, avaliou as candidaturas, tendo em conta o seu contributo para o desenvolvimento sustentável, o contributo da entidade/negócio (forte desempenho financeiro, excelência ambiental e responsabilidade social) e melhorias efetivas nas áreas do efeito de estufa e alterações climáticas, qualidade do ar, saúde e ambiente, proteção civil, resíduos sólidos, degradação do solo, zonas costeiras e marinhas e biodiversidade.
Os EBAEpis são organizados pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), em colaboração com o Departamento de Prospectiva e Planeamento e Relações Internacionais, a Direcção-Geral das Atividades Económicas, o BCSD Portugal e a GCI. A entrega dos prémios decorreu no Museu da Eletricidade na segunda-feira (dia 28 de novembro) e contou com a presença do secretário de Estado do Ambiente e Ordenamento do Território. E Pedro Afonso de Paulo deixou um desafio ao premiados: “este é o caminho, isto não é um custo e pode ser a diferenciação no futuro. As empresas sustentáveis são as melhor posicionadas para competir nos mercados. Por favor, continuem!”