Sónia Gonçalves explica que a descodificação do genoma do sobreiro vai permitir “um avanço no conhecimento e melhoramento genético da espécie, em questões relacionadas, por exemplo, com o desenvolvimento da árvore, a formação da cortiça e as respostas a ‘stress’, com enfoque na resistência a doenças”, e acrescenta que através da descodificação do genoma, vai ser possível “identificar a sequência dos genes presentes numa espécie e pode ajudar a realizar estudos mais direcionados e vai ser uma mais-valia para o conhecimento do sobreiro”.
Este projeto pode trazer vantagens à fileira florestal portuguesa, permitindo delinear estratégias de melhoramento da espécie com importantes “repercussões a médio e longo prazo no setor da cortiça”, refere Sónia Gonçalves.
A investigação vai durar dois anos e meio.
Segundo Sónia Gonçalves, o montado de sobro, a base da indústria corticeira, “assume uma importância ecológica e socioeconómica” em Portugal que “justifica a realização do projeto no país”, frisou a investigadora, referindo que, através do GenoSuber, “Portugal está na vanguarda da investigação em sobreiro”.