Uma delegação da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) tem estado em Paris para participar num conjunto de iniciativas paralelas à Conferência Oficial do Clima, COP21, com o objetivo de reclamar “soluções efetivas contra a crise climática” e denunciar “as falsas soluções que têm sido apontadas como a questão do mercado de carbono e a chamada economia verde.”
Numa nota enviada às redações, a CNA defende que “o mercado de carbono, sem que haja uma alteração efetiva das políticas agrícolas, alimentares e comerciais, apenas levará à canalização de enormes investimentos no setor agro-florestal à escala mundial nos chamados sumidouros de carbono agrícolas e florestais com três principais consequências: aumento dos conflitos em torno da posse dos recursos naturais; aumento da pressão humana sobre os recursos naturais com a sua inevitável degradação; e transformação do modelo produtivo agro-florestal, com a sua intensificação e industrialização.”
Para a CNA, a solução para a crise climática passa “pela aposta na agricultura familiar e na pequena agricultura, em modelos de produção mais sustentáveis e na relocalização do consumo alimentar, o que implica, inevitavelmente, uma alteração nas políticas agrícolas, alimentares e comerciais ao nível global.”