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agricultura

Estudo da UE transforma resíduos alimentares em alimentos para animais

Promoção e marketing hortofrutícola: fatores de sucesso no mercado externo (e interno)!

A União Europeia está a financiar um projeto, o NOSHAN, em cerca de 3 milhões de euros, com o objetivo de transformar os resíduos agrícolas em alimentos para animais. De acordo com a Comissão Europeia, “a UE é a fonte de 18% das exportações mundiais de alimentos, correspondentes as 76 mil milhões de euros.”

A equipa, centros de investigação, uma universidade e empresas de seis países da UE e da Turquia, começou a trabalhar em 2012, analisando o valor de diferentes tipos de resíduos e criando uma base de dados com os potenciais ingredientes dos alimentos para animais. No momento em que o projeto terminar, em 2016, a equipa conhecerá igualmente as melhores tecnologias para extrair e melhorar cada tipo de resíduo.

Segundo a União Europeia, transformar os resíduos alimentares em alimentos para os animais “proporcionaria novas oportunidades para os agricultores e, simultaneamente, reduziria a dependência da Europa em relação às importações de alimentos para animais. Com este projeto criar-se-iam, por sua vez, novos postos de trabalho verdes na recolha de resíduos, nas estações de tratamento e no fabrico de alimentos para animais.”

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“Um terço dos alimentos produzidos para consumo humano perde-se ou desperdiça-se a nível mundial — um total de 1,3 mil milhões de toneladas por ano — e o processamento dos alimentos é responsável por uma grande parte desse desperdício”, explica Montse Jorba, coordenadora científica do NOSHAN do Centro Tecnológico LEITAT de Espanha. “As frutas e os produtos hortícolas apresentam os maiores índices de desperdício no setor dos alimentos. Este valor equivale a um grande desperdício de recursos, incluindo recursos hídricos, solos, energia, mão-de-obra e capital.”

Os processos desenvolvidos pelo projeto ajudarão as empresas agrícolas a recuperar as calorias contidas nos alimentos deitados fora, a energia que se destinou à produção desses alimentos e terão também como consequência uma diminuição significativa do consumo de água. “Ao reduzir a necessidade de produzir os alimentos para animais de forma separada, a abordagem do NOSHAN poderia reduzir a crescente concorrência entre a produção de alimentos e a produção de alimentos para animais — necessitadas ambas de terra e de água”, conclui o comunicado da Comissão Europeia.