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Fileira do tomate pode exportar mais, mas precisa de seguro específico

Portugal ultrapassa Espanha na exportação de tomate transformado

A fileira do tomate quer um seguro de colheita específico para o setor, com prazo e cobertura alargados e defende que só assim será possível aumentar a produção e exportar mais.

As organizações e indústria do setor pretendem pedir à ministra da Agricultura, Assunção Cristas, que medeie “uma reunião com uma ou duas companhias mais próximas desta questão” para avançar com uma proposta, disse à imprensa o secretário-geral da Associação dos Industriais do Tomate, Miguel Cambezes.

“Queremos um seguro específico para o setor do tomate, adaptado às realidades necessárias para a boa prática agrícola e em que os produtores se comprometem a que a maioria dos seus membros vai contratar este seguro”, sublinhou.

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Quanto ao aumento de custos que o seguro representaria para as empresas do setor e para as unidades industriais “terá de ser repartido de forma que será negociada, de forma a poder captar todas as verbas comunitárias que possam ser alocadas ao pagamento deste prémio”.

Portugal é o quarto maior exportador mundial de tomate transformado e vende ao estrangeiro 95% da sua produção global. “O setor do tomate em Portugal tem vindo a crescer entre 3 a 5% nos últimos 20 anos e tem potencialmente margem de progressão. Exportamos hoje em dia 250 milhões de euros com 80% de valor acrescentado, mas poderíamos e deveríamos exportar mais”, considerou Miguel Cambezes.