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Frio impede conclusão das sementeiras

Uma diminuição da superfície cerealífera, devido, entre outros factores, ao frio de Janeiro que impediu a conclusão das sementeiras. Esta é uma principais previsões do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Uma diminuição da superfície cerealífera, devido, entre outros factores, ao frio de Janeiro que impediu a conclusão das sementeiras. Esta é uma principais previsões do Instituto Nacional de Estatística (INE).

O frio do primeiro mês do ano, com valores negativos a ocorrerem em grande parte do continente, contribuiu para a dormência das culturas e, consequentemente, para o seu fraco desenvolvimento vegetativo. Por outro lado, a precipitação abundante que caracterizou Janeiro, e que permitiu a reposição das reservas hídricas, levou à saturação das zonas baixas, onde como consequência provável ocorrerá a asfixia radicular das culturas instaladas. Já as fortes geadas que ocorreram causaram prejuízos significativos, nomeadamente nas hortícolas e nos citrinos.

No que diz respeito às sementeiras de cereais, as condições atmosféricas agravaram a tendência de decréscimo das superfícies cerealíferas devido aos elevados custos dos factores de produção e dos baixos preços das matérias-primas. Assim, o INE prevê que, face à campanha passada, ocorram decréscimos de 30% na superfície de trigo mole e trigo duro, 20% no triticale, 10% na cevada e 5% no centeio. As previsões apontam também para um decréscimo de 5% na produtividade da aveia.

As condições atmosféricas adversas levaram também a alterações nas condições de pastoreio, o que, como resultado mais directo, levou à permanência dos animais nos estábulos. Este facto levou ao acréscimo do consumo de rações e forragens, aumentando, também, os custos de produção. Esta situação, aliada à constante queda dos preços do leite e da carne, tem causado ainda mais dificuldades ao sector pecuário.

Nem todas as previsões apontam para decréscimo, e a produção de azeite deverá aumentar 15% em relação às estimativas iniciais, apesar do abandono verificado em muitos olivais tradicionais. Ainda assim, a matéria-prima recebida nos lagares tem evidenciado um bom estado sanitário, o que poderá resultar num azeite de qualidade.

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