O motivo são as práticas abusivas no comércio, e o Governo quer assim assegurar que não existem alterações nos contratos para que não sejam os produtores a suportar os descontos.
O Secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque, referiu ao Diário Económico que “as promoções não serão proibidas ou limitadas, pretendendo-se apenas que o custo destas não seja posteriormente repercutido nos fornecedores, exceto quando as promoções sejam parte de uma estratégia comum”.
Albuquerque refere ainda que houve “necessidade de melhorar a transparência dos preços praticados e a respetiva repartição de valor na cadeia alimentar”. E salienta que as alterações das condições de fornecimento introduzem incertezas nas relações comerciais, o que faz com os fornecedores nunca saibam ao certo quanto vão receber e que quantidades vão efetivamente colocar no mercado”.
A Associação dos Produtores de Leite de Portugal aplaudiu a iniciativa do executivo e afirma que “de outro modo podemos deixar de ter leite nacional nas prateleiras dos supermercados. Estamos a atravessar uma fase muito complicada. Os aumentos dos custos alimentares dos nossos animais são brutais e esse tipo de posturas da distribuição está a ser catastrófica para o nosso setor, porque não conseguimos repercutir o aumento dos custos alimentares no preço final do leite, e isso está a asfixiar explorações diariamente.”