A carta ao comissário europeu da Agricultura, Dacian Ciolos, surgiu da eurodeputada britânica Marina Yannakoudakis, mas iniciativas no mesmo sentido já tinham sido colocadas pelos eurodeputados portugueses Maria do Céu Patrão Neves (PSD) e Capoulas Santos (PS).
Maria do Céu Patrão Neves explicou que “quando se fez a última reforma do setor do açúcar, em 2006, ficou previsto que o fornecimento de ramas para a indústria europeia seria feito por países em via de desenvolvimento”, sem impostos adicionais, não estando estes países a conseguir fornecer a quantidade suficiente para manter a indústria europeia e portuguesa a laborar.
“Como consequência, nós temos todas estas indústrias já estabelecidas em risco de entrarem em colapso. Na situação económico-financeira em que está a Europa e nomeadamente o nosso país, a última coisa que nós queremos é que indústrias que já estão no terreno, que têm estado a funcionar, que colapsem por falta de matéria-prima e que façam engrossar a lista dos desempregados”, alertou, acrescentando que em Portugal são 600 os postos de trabalho que podem estar em causa.