Estes dados integram o Barómetro Europeu do Observador Cetelem, agora apresentado e que faz uma análise às novas tendências de consumo nascidas numa Europa em crise, e que definem o “consumidor em modo alternativo”. O mercado das marcas brancas ou de distribuidores é um mercado de suporte, pelo que não vai enfraquecer nos próximos anos.
Em 2010, uma inovação em cada cinco, no domínio alimentar, foi de uma marca de distribuidores. Por outro lado, os MMD adaptam-se às tendências e desejos do consumidor, ouvindo mais os problemas do desenvolvimento durável e da agricultura biológica. Também o hard discount é já uma prática muito enraizada na Europa, nomeadamente em Portugal, onde mais de 90% dos indivíduos a interiorizaram, independentemente da sua categoria social. 87% dos inquiridos no nosso país afirmam ainda que procuram sistematicamente o preço mais baixo, enquanto a média nos restantes países europeus analisados é 82%.

Os portugueses valorizam, assim, cada vez mais o fator “preço” na hora de comprar. A procura do preço baixo já faz parte do seu quotidiano e é muitas das vezes efetuada em detrimento da qualidade. Metade dos portugueses (50%) prefere não privilegiar a qualidade e comprar em maior quantidade (valor acima da média europeia de 39%).