O especialista, que falava num seminário em Miranda do Douro, frisou a importância dos aspetos geológicos de cada região vinícola, associados a fatores como castas utilizadas, clima, solo, geomorfologia, geografia e ação humana, de forma a definir a qualidade final dos vinhos.
“Para um vinho ganhar qualidade, o produtor tem de saber adaptar-se à geomorfologia, clima e solo de cada região produtora”, acrescentou o investigador. “Conhecer os aspetos geológicos de cada de região é um fator de vital importância para obter vinhos de qualidade superior”, salientou.
Segundo Muñoz, é fundamental fazer uma análise por cada tipo de solo, muito condicionado pelo tipo de substrato que está por baixo de cada camada. “Assim se aumenta a eficácia de cada tipo de amostra de solo. Um solo é um processo dinâmico que evolui e, por isso, o trabalho de recolha de amostras deve ser contínuo para serem obtidos resultados mais eficientes na gestão da vinha”, sustentou.
Para o investigador, um dos desafios da vitivinicultura do noroeste peninsular é superar os “inconvenientes do minifúndio”, onde por vezes se encontram parcelas de terreno “demasiado pequenas” com várias castas misturadas, o que confere uma paisagem diversificada e natural, mas, por outro lado, dificulta a elaboração do vinho em contexto de adega.