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Sistemas de informação geográfica são fundamentais para gestão da vinha

Sistemas de informação geográfica são fundamentais para gestão da vinha

Os sistemas de informação geográfica (SIG) são fundamentais para determinar em tempo real dados que permitem uma gestão mais eficaz das parcelas de vinha, defendeu Agustín Muñoz, investigador da Universidade de Saragoça (Espanha).

O especialista, que falava num seminário em Miranda do Douro, frisou a importância dos aspetos geológicos de cada região vinícola, associados a fatores como castas utilizadas, clima, solo, geomorfologia, geografia e ação humana, de forma a definir a qualidade final dos vinhos.

“Para um vinho ganhar qualidade, o produtor tem de saber adaptar-se à geomorfologia, clima e solo de cada região produtora”, acrescentou o investigador. “Conhecer os aspetos geológicos de cada de região é um fator de vital importância para obter vinhos de qualidade superior”, salientou.

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Segundo Muñoz, é fundamental fazer uma análise por cada tipo de solo, muito condicionado pelo tipo de substrato que está por baixo de cada camada. “Assim se aumenta a eficácia de cada tipo de amostra de solo. Um solo é um processo dinâmico que evolui e, por isso, o trabalho de recolha de amostras deve ser contínuo para serem obtidos resultados mais eficientes na gestão da vinha”, sustentou.

Para o investigador, um dos desafios da vitivinicultura do noroeste peninsular é superar os “inconvenientes do minifúndio”, onde por vezes se encontram parcelas de terreno “demasiado pequenas” com várias castas misturadas, o que confere uma paisagem diversificada e natural, mas, por outro lado, dificulta a elaboração do vinho em contexto de adega.