Paula Lopes, do departamento de Genética e Biotecnologia da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), afirmou que o método, já patenteado, “permite confirmar se o rótulo corresponde ao que está no interior da garrafa de vinho, detetando falsificações ou fraudes”, avança o Diário de Notícias.
A responsável referiu que este processo de identificação de castas está a despertar o interesse de empresas, grandes produtores e até de outros países, como a China.
“Na última visita que fizeram à UTAD, os chineses revelaram interesse na patente e estão agora a analisá-la, uma vez que seria muito importante para controlar as importações de vinho”, salientou.
Leonor Pereira, também investigadora ligada ao projeto, explicou que a extração do ADN pode ser feita no vinho de uma garrafa, no mosto nos lagares ou ainda na videira. O processo mais complicado é o de extração do vinho, porque se trata, explicou, de “um produto já vinificado e transformado”.
“O nosso objetivo é preservar os nossos produtos e as nossas castas, que têm muita qualidade e produzem também um vinho de altíssima qualidade”, acrescentou Paula Lopes.
Este primeiro projeto, “Genómica aplicada à traçabilidade do vinho português: da uva ao consumidor”, contou com um financiamento de 132 mil euros da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).