Portugal e Espanha são dos países com mais castas. Mas a ‘revolução’ que a viticultura da Península sofreu há algumas décadas quase extinguiu muitas delas. Felizmente, poucos anos depois, vários grandes (e também pequenos) produtores iniciaram um trabalho de recuperação de Castas Ancestrais que pode ser fundamental para assegurar o futuro da vitivinicultura Ibérica.
A evolução nem sempre é totalmente positiva, já o vimos em algumas áreas, onde se perdeu património irrecuperável. Na viticultura de Portugal e Espanha – países onde a diversidade de castas de vitis vinífera é das maiores do mundo –, a reestruturação de vinhas, para as adaptar a novas técnicas e exigências, reduziu drasticamente o número de variedades plantadas, com as utilizadas em vinhos reduzidas, hoje, a algumas dezenas, contra um acervo de várias centenas.
Não esqueçamos também que as vinhas da Península, tal como do resto da Europa, tinham já sido devastadas pela filoxera no séc. XIX. Todavia, ainda vamos a tempo de recuperar mesmo algumas das variedades pré-filoxera, porque vários produtores em Espanha e Portugal começaram, já há alguns anos, um trabalho sistemático de recuperação de Castas Ancestrais ou Raras.
Escolhemos uma mão-cheia deles (mas, felizmente, há mais) para nos contarem como tem sido este trabalho de conhecimento e identificação do potencial agronómico e enológico destas variedades. E os resultados são positivos, tendo alguns produtores já lançado vinhos monovarietais das castas mais promissoras: primeiro em modo de teste e, depois, devido à boa aceitação do mercado (ansioso por vinhos diferentes), integrados nas suas marcas comerciais. Em Portugal falámos com a Real Companhia Velha (RCV), a Symington e o Esporão e em Espanha com a gigante Torres e a Albet i Noya, o primeiro produtor biológico do país vizinho, da região de Penedès (Catalunha).
Este trabalho pode também assegurar o futuro da vitivinicultura Ibérica porque no estudo destas castas foram incluídos também parâmetros que permitem identificar castas potencialmente mais resistentes às alterações climáticas, principalmente stress hídrico e temperaturas extremas, mas que também demonstrem resiliência perante pragas e doenças.
Importa ainda referir que as entidades oficiais nacionais também já ‘acordaram’ para esta questão, tendo sido criada uma Comissão, cujos trabalhos estão ainda numa fase inicial e que, nesta altura, está em standby à espera da nomeação do novo presidente do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV). (Ver Caixa)
Torres identifica castas pré-filoxera
A Familia Torres, um dos mais antigos e maiores produtores de vinho em Espanha – considerada nos dois últimos anos a Marca de Vinho Mais Admirada do Mundo por profissionais do setor, segundo a Drinks International – há mais de 30 anos que começou um trabalho de recuperação de castas ancestrais, que se acreditavam extintas após a devastadora praga da filoxera do final do século XIX.
Este projeto para recuperar o património vitivinícola da Catalunha está atualmente em velocidade de cruzeiro graças aos esforços da quinta geração da família. Assim, quase 50 variedades foram redescobertas até agora, das quais seis são muito interessantes do ponto de vista enológico.
“Trazer de volta castas ancestrais é um exercício de arqueologia vitícola para recuperar a nossa herança. Voltando ao passado e revivendo variedades usadas pelos nossos antepassados, podemos olhar para o futuro e encontrar o tipo de autenticidade que resultará em vinhos extraordinários que são verdadeiramente especiais e não podem ser feitos da mesma maneira em qualquer outro lugar da Terra”, salienta Miguel Torres Maczassek, diretor-geral da Familia Torres, numa informação enviada à ENOVITIS.
Em 1983, Miguel A. Torres, presidente da empresa, e Miquel Porta, então chefe de viticultura da Torres, começou a definir os parâmetros de um projeto para reviver as variedades pré-filoxera. O primeiro passo consistiu em encontrar vinhas velhas para determinar se eram de facto variedades que já não eram cultivadas. Para isso, decidiram colocar anúncios nos media locais e regionais, pedindo aos produtores catalães para entrarem em contato com a empresa se se deparassem com videiras que não conseguissem identificar.
Já identificadas 50 variedades
Com a ajuda dos agricultores da região, a Torres descobriu, em meados da década de 1980, uma vinha nas encostas do Maciço de Garraf que a equipa técnica não conseguiu identificar. Esta era de fato uma variedade desconhecida, mais tarde identificada como Garró.
Durante dez anos a variedade foi avaliada quanto a doenças, propagada in vitro, aclimatada e estudada para entender a sua adaptação, características e potencial enológico. Os resultados foram promissores e foi tomada a decisão de plantar a variedade em Conca de Barberà e adicioná-la ao blend do primeiro Grans Muralles, em 1996.
Em 1998, a Familia Torres descobriu uma segunda variedade com verdadeiro potencial, que foi nomeada Querol, o nome da aldeia onde foi encontrada. A edição de 2009 foi o primeiro blend de Grans Muralles a incluir a Querol.
A quinta geração da família Torres – Miguel Torres, como diretor-geral, e Mireia Torres, responsável pelo departamento de Inovação e Conhecimento – em conjunto com a equipa técnica e em colaboração com o Instituto Catalão da Vinha e do Vinho (INCAVI), estão a selecionar as castas com maior interesse e potencial enológico.
Segundo a informação da empresa enviada à ENOVITIS, a maioria das variedades recuperadas também mostra resistência significativa ao calor e à seca, tornando-as particularmente interessantes à luz das mudanças climáticas.
A procura por castas ancestrais por parte da Torres foi também já ampliada a outras regiões vinícolas espanholas, como Rioja, Ribera do Douro, Rueda e Rias Baixas.
Várias uvas antigas recuperadas
Por cá, a Real Companhia Velha (RCV) começou um trabalho idêntico há quase 20 anos, na viragem do século, para recuperar Castas Raras da região que estavam a começar a desaparecer por causa da reestruturação das vinhas do Douro. O responsável de viticultura da empresa conta-nos que “os processos de reestruturação de vinhas no Douro, e no resto do País, levaram a uma redução significativa do número de castas”. Tradicionalmente os vinhos da região eram feitos com as hoje chamadas Vinhas Velhas, que podiam ter 20 ou 30 variedades diferentes de uva. “Mas nos anos 90 com a prática de plantar vinhas em estreme houve um afunilamento inevitável para cinco ou seis castas”, afirma Rui Soares, “o que nos pareceu um risco muito grande”.
Por haver já grande desconhecimento em relação a muitas das variedades, anteriormente, tradicionais na região, “decidimos ir às vinhas velhas e procurar estas castas, fizemos enxertos e plantámos algumas plantas de cada para podermos estudar o seu comportamento agronómico e potencial enológico”.
O estudo incide em cerca de 25 castas, brancas e tintas, “numas só temos entre 500 a 600 plantas, mas de outras conseguimos entre 2.000 a 3.000”.
O responsável de viticultura da RCV adianta que “a partir de 2005, começámos a fazer microvinificações com essas variedades para perceber cada vez melhor o seu potencial de fazer vinhos diferentes que pudéssemos lançar no mercado”.
RCV testa castas raras na gama Séries
Os resultados são diversos consoantes as castas, algumas ficam apenas preservadas e entram só em lote, mas há outras com grande potencial, “tanto que já aumentámos área” e foram lançados vinhos monovarietais de “castas que são muito diferentes de tudo o resto”.
É o caso das tintas Rufete, Tinta Francisca, Malvasia Preta e Cornifesto, e das brancas Samarrinho e Donzelinho Branco.
Todas foram lançadas no âmbito da marca Séries. Um conceito que a Real Companhia Velha explica no seu site que foi criado para “pôr em evidência o trabalho de bastidores desenvolvido pela nossa equipa de enologia, na área da inovação e experimentação. Conforme refere o nosso diretor de enologia [Jorge Moreira], ‘estes vinhos serão sempre ensaios onde procuraremos explorar técnicas, castas ou abordagens diferentes que nos ensinem algo que possamos posteriormente aplicar na nossa gama de vinhos’. Por conseguinte, o grande objetivo é procurar um novo estilo de vinho do Douro através das mais variadas castas e testá-lo junto do consumidor”.
Mas alguns destes vinhos monovarietais com castas antigas foram já integrados nas marcas comerciais da empresa, explica Rui Soares à ENOVITIS: “como a aceitação foi muito boa, a Samarrinho já está integrada na nossa marca Quinta do Síbio, a Rufete na Quinta de Cidrô e a Tinta Francisca na Quinta das Carvalhas. E as outras também estão a ter muito boa aceitação, mas ainda só foram lançadas este ano”.
O responsável adianta ainda que a RCV lançou, no âmbito do Séries, dois outros monocastas tintos: Bastardo e Tinto Cão, “que embora não sejam castas tão desconhecidas, estão em declínio” e conclui: “E achamos que ainda há muito a fazer neste campo, porque é preciso aprofundar o conhecimento de castas raras”.
Albet i Noya lança vinhos de uvas ancestrais
Do lado de lá da fronteira, também o produtor do Penedès, Albet i Noya – que foi pioneiro na viticultura biológica em Espanha, desde 1978, e o primeiro a trabalhar sem produtos químicos na Península Ibérica –, avançou para a recuperação de variedades ancestrais e também para a pesquisa e plantação de Variedades Resistentes e Nativas Adaptadas às Alterações Climáticas (VRNAAC).
Na informação enviada à ENOVITIS, a empresa explica que “em 1998, Josep María Albet, proprietário e enólogo, iniciou um projeto para recuperar variedades perdidas durante a praga da filoxera. Depois do desastre que ocorreu no final do século XIX, os agricultores locais esforçaram-se para replantar as vinhas, mas fizeram-no apenas com as castas mais produtivas ou disponíveis na época”. E acrescenta: “Assim, a fim de recuperar algumas dessas variedades, foi conduzido um levantamento abrangente de campos abandonados, florestas e vinhas velhas, o que resultou no surgimento de sete variedades não registadas, quatro brancas e três tintas, que foram plantados numa parcela experimental. 500 plantas de cada foram enxertadas, 250 com um porta-enxerto mais vigoroso (R-110) e a outra metade com um porta-enxerto menos vigoroso (41-B), com o objetivo de fazer vinho a partir de cada variedade separadamente”.
Os vinhos experimentais foram produzidos numa adega especialmente adaptada a microvinificações com tanques de 500 litros.
Josep Maria Albet, que também preside à DO Penedès, explica à ENOVITIS que este “é um projeto que desenvolvemos ao longo de 20 anos e que nos deu dois vinhos de perfil muito interessante: o Marina Rion (branco) e o Belat (tinto). O projeto no Penedès já está terminado, mas temos algumas variedades que encontramos nos Pirinéus que se podem adaptar muito bem às altas montanhas e gostaríamos que algum viticultor na área as mantivesse e continuasse com o projeto”.
A Albet i Noya decidiu plantar mais vinhas das variedades Marina Rión e Belat, para lançar no mercado os dois vinhos referidos pelo proprietário e enólogo da empresa. Embora o INCAVI já tenha reconhecido essas castas, está a trabalhar para assegurar que as outras entidades aceleram os seus processos de aprovação das duas variedades nativas.
Castas resistentes às alterações climáticas
Já em 2013, o produtor catalão começou a participar num projeto ambicioso de pesquisa e criação de VRNAAC. Assumindo o modelo alemão de PIWI (abreviação alemã de Variedades de Uvas Resistentes a Fungos) e, na ausência da mobilização de organismos públicos, Noya uniu forças com os produtores Alta Alella e Josep Pinyol e o viticultor suíço Valentin Blattner para liderar este projeto da iniciativa privada.
O projeto trabalha atualmente com as castas Xarello, Macabeo, Parellada, Tempranillo e Red Grenache que são resistentes a pragas como oídio e oídio e que podem eliminar o uso de cobre nas vinhas e reduzir as aplicações de enxofre em 90%. Além dessa resistência genética para algumas pragas, as variedades resistentes também terão mais tolerância à seca e podem retardar o amadurecimento das uvas entre duas e três semanas.
“Estamos a lidar com um assunto que tem um alcance de país, as videiras do futuro dependem disso. França, Itália, Alemanha já apostaram neste caminho. Vimos que as instituições públicas em Espanha não fizeram nada a este respeito, por isso é que decidimos fazê-lo, tudo o que fizemos foi iniciar o projeto, porque senão será tarde demais”, considera o proprietário da Albet i Noya.
Esporão estuda 189 variedades
Voltando a Portugal, Esporão (2010) e Symington (2014) criaram também as suas coleções ampelográficas, com o objetivo de preservar as variedades e estudar o seu desempenho cultural e potencial enológico.
O Esporão tem um campo ampelográfico com 189 castas, com 112 plantas de cada (algumas por seleção massal e outras de um só clone), “e um dos objetivos é perceber o seu comportamento face às alterações climáticas, bem como a resistência a pragas e doenças”, explica-nos o diretor de produção.
Desde 2010, que “temos vindo a fazer um intensivo trabalho de campo, registando o desempenho agronómico das variedades, por exemplo face ao stress hídrico e em relação a muitas outras variáveis”, adianta Amândio Rodrigues.
O produtor tem vindo já também a fazer microvinificações “em parceria com o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV), com o Prof. Eiras Dias, em Dois Portos. Temos vinificado as mesmas castas para percebermos a diferença da localização e terroir”. Estas vinificações estão a ser feitas com 12 variedades escolhidas, “principalmente por terem tido melhor desempenho e por serem castas que caíram em desuso, na nossa região”.
São elas: Cornifesto, Malvasia Fina, Cercial e Cerceal, Galego Dourado, Tinta Francisca, Espadeiro, entre outras. Porque, adianta o diretor de produção do Esporão, “nos parecem ser as que têm maior potencial de produção de vinhos em estreme”.
Mas ainda é cedo para haver conclusões, porque em algumas das castas fizeram-se duas microvinificações e noutras apenas uma.
Symington já tem três coleções
A empresa – que possui atualmente a mais extensa área vitícola da Região Demarcada do Douro (RDD): 1.002 hectares de vinha efetiva distribuídos por 27 quintas espalhadas pelas três sub-regiões (Baixo Corgo, Cima Corgo e Douro Superior) – apostou no terroir único da Quinta do Ataíde, no Vale da Vilariça, para “com a ajuda do Prof. Antero Martins e da PORVID, plantarmos 53 castas – 29 tintas, embora uma seja roxa – o Moscatel – e 24 brancas, com 200 videiras por variedade, em duas parcelas de 2,3 hectares”, explica à ENOVITIS o responsável de I&D na Viticultura.
“Temos muito material já recolhido e muito mais ainda para estudar”, afirma Fernando Alves dizendo que depois de terem feito várias microvinificações, “este ano já estamos a fazer médias e macrovinificações de algumas castas, bem como vinificações em barricas”, tudo para recolher o maior número de informação possível.
Também a Symington, para além do estudo do comportamento agronómico e interesse enológico destas variedades quer perceber qual a sua adaptação às alterações climáticas, nomeadamente “resistência aos stress hídrico e desenvolvimento fenológico das plantas, ao nível das várias fases”.
Como ficou com algum material de sobra da plantação na Quinta do Ataíde, a empresa decidiu também replicar a coleção, “usando apenas 30 castas, na Quinta do Bomfim, em 2015. Porque assim conseguimos ter informação sobre o comportamento destas variedades em dois ambientes climáticos distintos”, salienta o responsável.
Além disso, ainda na Quinta do Bomfim, “decidimos igualmente plantar uma parcela só com 11 castas brancas, a uma altitude de 600 metros”, aqui com um número ainda maior de plantas por variedade (750), “para podermos fazer vinificações de maior volume”. Esta decisão tem a ver com a maior procura de vinhos brancos que se tem vindo a registar no mercado, também “porque precisamos de diversificar e, na realidade, não há campos ampelográficos em zonas mas frescas, mais propícias ao encepamento de castas brancas”.
Para Fernando Alves “estes três projetos na área do conhecimento das castas fazem com que a Symington possa cooperar com vários centros de investigação nacionais e internacionais nesta área”.
Alguns dos resultados são muito promissores, considera o responsável de I&D da Viticultura do produtor duriense, uma vez que “temos muita plasticidade das variedades, pois há casos em que o pintor acontece com uma diferença de 20 a 25 dias em algumas das castas, o que pode ser muito importante no futuro para zonas onde seja importante termos ciclos mais curtos ou mais longos”.
Fernando Alves adianta há muitíssimo material para analisar porque “registamos, pelo menos, quatro vezes em cada casta, por observação objetiva do seu estado fenológico e aplicamos uma fórmula de cálculo que permite escalonar de forma objetiva a sua precocidade”.
Uma primeira publicação destes dados será feita após a vindima deste ano, anuncia o responsável, e já com dados de 2017 e 2018 “o que é excelente, porque não poderíamos ter dois anos mais diferentes”.
Comissão das Castas Autóctones Esquecidas
Não foram só os produtores a preocuparem-se com o perigo de extinção deste nosso património vitícola: no ano passado, por iniciativa do anterior presidente do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV), Frederico Falcão, foi criada a Comissão das Castas Autóctones Esquecidas.
O coordenador desta comissão, Paulo Hortas (responsável de viticultura da José Maria da Fonseca), explica à ENOVITIS que “Frederico Falcão verificou, depois de um estudo, que apenas cerca de 20 castas são usadas na produção anual de vinhos, quando temos 230 no catálogo de castas autóctones, considerando que era pena perder-se este potencial, tendo decidido criar esta Comissão”.
Para além de outras entidades ligadas ao setor, como o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV), a Direção-Geral de Agricultura e Veterinária (DGAV), a Associação para a Diversidade da Videira (PORVID), a Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense (ADVID), a Associação Técnica dos Viticultores do Alentejo (ATEVA) e a Associação Nacional de Viveiristas Vitícolas Produtores de Material Certificado (VITICERT), foram também convidadas a integrem a Comissão: Sogrape, Aveleda, José Maria da Fonseca, Real Companhia Velha e Sogevinus.
Paulo Hortas conta que “o primeiro objetivo foi fazer uma short list de variedades que pudessem ter interesse cultural e enológico, respeitando alguns critérios, como ter uma a duas castas tintas e brancas de cada região” e adianta: “castas que também possam ser relevantes para as alterações climáticas – resistentes à secura, bem como a pragas e doenças – e tendo atenção igualmente à parte económica da produtividade e adaptação à mecanização, para além de algumas características enológicas como a época de maturação, o potencial de produção de açúcar e a acidez”.
Mediante estes critérios foi proposta uma primeira lista de castas: Alvadorão (Branca – Lisboa e Tejo), Borraçal (Tinta – Vinhos Verdes), Bonvedro (Tinta – Alentejo), Casculho (Tinta – Douro), Malvarisco (Tinta – Setúbal), Monvedro (Tinta – Dão), Castelão Branco (Lisboa) e Branco Desconhecido (Trás-os-Montes).
Neste momento, a Comissão está em standby à espera de nomeação de novo presidente do IVV para saber se o projeto continua, ou não, e em que moldes.