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Agroindústria

Trabalhadores da DAI suspendem contratos de trabalho de forma voluntária

fim das quotas do açúcar

Depois de ter colocado 90 dos seus trabalhadores em ‘lay off’, a DAI – Sociedade de Desenvolvimento Agro-Industrial, refinadora de açúcar de Coruche, entrou num processo de revitalização. Já esta terça-feira (16 de agosto) o jornal Público revela que os trabalhadores da empresa estão a suspender os seus contratos de trabalho de forma voluntária para poderem ter acesso ao subsídio de desemprego.

A empresa terá avançado com o ‘lay off’ de forma a evitar o despedimento dos seus colaboradores, enquanto aguarda por investimento para reconverter a unidade de produção. Francisco Oliveira, presidente da Câmara Municipal de Coruche (CMC), revelou ao jornal que existe já um investidor nacional “experiente” e “do ramo da alimentação” que está a tentar reunir “os 30 milhões de euros de que a empresa necessita para retomar a sua atividade”.

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Criada em 1993, a DAI nasceu com o objetivo de produzir açúcar a partir de beterraba sacarina, produção que diminuiu quando em 2007 lhe foi reduzida a quota de produção no âmbito de medidas adotadas pela Comissão Europeia para reduzir a produção de açúcar. Depois de negociar com Bruxelas, “a DAI conseguiu que lhe fosse atribuída uma quota de 65 000 toneladas por ano para refinação de açúcar de cana para assegurar a continuidade da unidade”, contava recentemente o Jornal de Negócios.

Ainda assim, e depois de um investimento de 12 milhões de euros, a empresa tem-se visto a braços com algumas dificuldades em obter cana-de-açúcar “a preço competitivo e proporcional com o nível interno”, o que terá conduzido a empresa para a situação atual.