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Agricultura

“Primeiras colheitas dos cereais de outono/inverno confirmaram as previsões de uma má campanha”

“Primeiras colheitas dos cereais de outono/inverno confirmaram as previsões de uma má campanha”

“As primeiras colheitas dos cereais de outono/inverno confirmaram as previsões de uma má campanha”, conclui o Boletim Mensal da Agricultura e Pescas – Julho de 2023, divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Face à situação de seca que atinge 85,4% do território do Continente, o documento nota ainda que as pastagens e forragens também foram consideravelmente condicionadas pela seca. “As disponibilidades forrageiras insuficientes para assegurar a alimentação de muitos efetivos pecuários a sul do Tejo, observando-se um aumento na procura de alimentos conservados num cenário de escassa oferta, com os preços a duplicarem face a 2022”, pode ler-se.

 

A instalação das culturas de primavera/verão decorreu com normalidade, com a campanha de regadio assegurada em 60 albufeiras hidroagrícolas, mantendo-se cinco com restrições de utilização de água de rega desde o ano passado.

A superfície de arroz deverá aumentar 5%, devido à conclusão das obras nos canais do aproveitamento hidroagrícola do Vale do Sado. Já no milho para grão de regadio, não se preveem alterações de área face a 2022.

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“De um modo geral, as culturas de primavera/verão apresentam um regular desenvolvimento, embora no caso do tomate para a indústria se antevejam produtividades inferiores ao normal, consequência de algum aborto floral provocado pela onda de calor”, explica ainda o documento.

Os pomares de pereiras e macieiras deverão registar decréscimos de produtividade pelo segundo ano consecutivo (5% e 15%, respetivamente), ainda assim muito inferiores aos observados nas cerejeiras, onde se preveem quebras de produção de 55%, face a 2022.

Preços e índices de preços agrícolas
 

Em junho de 2023, as variações mais significativas no índice de preços de produtos agrícolas no produtor foram observadas na batata (+84,5%), azeite a granel (+67,5%), frutos (+40,9%), ovos (+32,4%) e suínos (+25,7%).

Em comparação com o mês anterior, as variações de maior amplitude verificaram-se nos frutos (+8,3%), batata (-10,9%) e hortícolas frescos (-8,5%).