O FeedInov, um dos cinco laboratórios colaborativos existentes em Portugal no setor agroalimentar, vai apostar 1,6 milhões de euros na atividade do CoLAB FeedInov. Um dos objetivos do laboratório é fomentar a produção de rações animais a partir de fava, tremoço, insetos e microalgas, para substituir as importações de soja.
A diretora geral, Ana Sofia Santos, em entrevista ao jornal Económico, revela que “um dos grandes objetivos é trabalhar para uma alimentação animal sustentável, promovendo assim a competitividade deste setor e, por conseguinte, a competitividade de toda a fileira da pecuária”. Ana Sofia Santos também espera que a verba de 1,6 milhões de euros seja duplicada com outras fontes de financiamento durante os próximos cinco anos.
O CoLAB FeedInov prevê criar 12 a 15 postos de trabalho nas áreas da ciência animal, mas também das tecnologias inteligentes, visando o desenvolvimento da zootecnia 4.0, já em curso em Portugal.
Ao apostar na produção de novos tipos de rações, o CoLAB pretende reduzir a dependência externa portuguesa de cereais para rações. Segundo o jornal Económico, atualmente, 80% das matérias-primas usadas para produzir são importadas. As rações são o maior custo de produção da pecuária, entre 60 e 80%.
Neste primeiro ano de atividade está previsto a realização de estudos prospetivos do consumo de produtos de origem animal em 2030, 2040 e 2050 para orientar a ação da produção, assim como o estudo de substâncias naturais substitutas dos antibióticos, com vista à redução do uso na pecuária, contribuindo para a redução das resistências antimicrobianas nos humanos.