iStock Investigadores do Instituto de Inovações Agropecuárias (INIA) do Chile desenvolveram uma nova variedade de arroz que utiliza significativamente menos água e elimina as emissões de metano associadas ao cultivo tradicional.
De acordo com o INIA, este avanço oferece uma solução sustentável para a crise hídrica local e contribui para o combate às alterações climáticas a nível global.
Tradicionalmente, o cultivo de arroz requer o alagamento dos campos, o que consome grandes volumes de água e gera emissões de metano. A nova metodologia desenvolvida pelo INIA permite o cultivo em ambientes aeróbicos, sem necessidade de alagamento, utilizando práticas semelhantes às da plantação de milho, como a rotação de culturas e a sementeira em linhas.
Além de dar resposta à escassez de água, esta iniciativa contribui ainda para a redução das emissões globais de metano provenientes dos arrozais, que representam cerca de 10% do total mundial.
Ainda segundo os cientistas, esta abordagem também melhora a estrutura do solo e diminui a necessidade de agroquímicos, resultando em menores custos de produção para os agricultores.
Os projetos-piloto foram bem-sucedidos e já atraíram o interesse de vários produtores da região de Maule, uma das áreas do país que enfrenta uma situação de seca há mais de uma década.
“Graças aos avanços no melhoramento genético de plantas, juntamente com a otimização das práticas agrícolas, a agricultura chilena está a beneficiar significativamente de soluções que são económicas e protegem a água e o meio ambiente. O melhoramento genético de plantas é essencial para adaptar a agricultura aos desafios climáticos e ambientais que enfrentamos na produção de alimentos”, afirmou Miguel Ángel Sánchez, Diretor Executivo da ChileBio.
Os investigadores sublinharam que o Chile posiciona-se assim na vanguarda das soluções agrícolas sustentáveis, alinhando-se aos esforços internacionais para mitigar os impactos das alterações climáticas.
