A FENAZEITES – Federação Nacional das Cooperativas de Olivicultores – mostrou-se preocupada com o futuro do olival tradicional em Portugal e apelou a uma análise urgente da realidade do mercado.
A Federação avançou que é necessário “perceber quais são as disponibilidades do produto e conseguir rentabilizar o azeite proveniente dos olivais tradicionais”, uma vez que, nos últimos anos, os períodos com elevadas temperaturas e secas extremas têm contribuído para o decréscimo da sua produção.
A FENAZEITES explicou ainda que, esta campanha, a azeitona galega, a principal variedade nacional, “foi dizimada pela gafa e acabou por cair, não permitindo a sua colheita”.
Além disso, é ainda explicado que a tendência de baixa de preços do azeite para valores abaixo dos custos de produção, aliada às alterações climáticas, “vão provocar, a curto prazo, o abandono de grandes áreas de olival”.
De acordo com o comunicado de imprensa, o olival tradicional ocupa aproximadamente 250 mil hectares em Portugal sendo, maioritariamente, de sequeiro, ressalvando a Federação existirem dificuldades de mecanização e custos de produção mais elevados do que os olivais modernos.
O apelo foi feito no âmbito do Dia Mundial da Oliveira, selecionado pela UNESCO, que se celebrou no passado dia 26 de novembro.