As direções regionais de Agricultura não vão ser extintas, esclareceu a ministra da agricultura e alimentação, Maria do Céu Antunes. A hipótese foi levantada no âmbito da transferência de competências para as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR).
“Vamos esclarecer de uma vez por todas: não há extinção das direções regionais, ninguém vai concentrar no Porto ou em Évora ou em Coimbra ou em Lisboa ou em Faro as direções regionais. Aquilo que vamos fazer é manter a estrutura tal qual está, mas o senhor diretor vai passar a integrar o órgão da comissão de coordenação para haver articulação de políticas verdadeiramente”, afirmou a governante, citada pela agência Lusa.
Segundo a ministra, o diretor será “o interlocutor com o Ministério da Agricultura, que continuará a definir a política agrícola para Portugal”.

“E depois, à semelhança do que já acontece hoje, são os nossos diretores regionais, são os nossos serviços desconcentrados que vão continuar a implementar essa mesma política”, explicou.
A titular da pasta esclareceu ainda que “a sede da DRAPN em Mirandela vai continuar a ser em Mirandela e a senhora diretora, que continuará a ser a senhora diretora de Agricultura, pese embora possa estar noutra função, nomeadamente de coordenação no âmbito das CCDR, vai continuar a fazer aquilo que sabe fazer tão bem, que é andar em todo o território Norte a ajudar os nossos agricultores a encontrarem soluções e oportunidade para continuaram a trabalhar”.
Recorde-se que a possível extinção das DRAP foi altamente criticada pelo setor, originando até um comunicado que juntou as quatro confederações da agricultura portuguesa – AJAP, CAP, CNA e CONFAGRI – contra a decisão.