Segundo a Nielsen, a principal razão para o fracasso dos novos produtos “é não resolverem uma necessidade ou frustração do consumidor, cada vez mais exigente com as novidades. Os grandes inovadores fazem perguntas impossíveis”, refere Geoff Tanner, um dos executivos da Nielsen.
Segundo a consultora, para que um produto tenha sucesso deve “resolver as carências e as frustrações dos consumidores.” O estudo revela, após uma análise a 12 000 produtos de grande consumo lançados desde 2011, que dois terços não chegam sequer a ultrapassar as 10 000 unidades vendidas, um volume bastante reduzido se for tido como referência um mercado como o português e o espanhol, com quase 59 milhões de potenciais consumidores.
Mas o estudo vai mais além e, ao identificar as novidades que obtêm uma maior repercussão social e mediática, o número de casos diminui substancialmente, dadas as condições que têm de cumprir: desmarcar-se claramente da concorrência, ultrapassar os dez milhões de euros em vendas no primeiro ano e manter 85% das vendas no segundo ano. Assim, apenas 24% dos produtos consegue manter as vendas durante pelo menos doze meses.