Firmino Cordeiro diz ainda que “quem conhece por dentro estas matérias sabe dos diferentes conflitos entre estas áreas, a meu ver todos desnecessários, consequência de vários sistemas enraizados em diferentes órgãos da administração, e da complexidade de ministérios fechados sobre si mesmo, contribuindo também para o abandono a que a agricultura portuguesa foi sendo condenada ao longo de anos a fio”.
Sobre a decisão de criar um Governo com apenas 11 Ministros, o presidente da AJAP afirma ser “um claro sinal da vontade dos Partidos Políticos que o suportam, de economizar na super-gestão de várias áreas que cada Ministério irá comportar. À partida até podem parecer áreas a mais por ministério se o compararmos com governos anteriores, mas estou convicto que a associação das aparentes diferentes áreas nos atuais ministérios, pode facilmente vir a transformar-se num ganho de eficiência e de decisão num pais demasiadamente burocrático dada a nossa dimensão”.

À nova ministra da Agricultura, do Mar, Ambiente e Ordenamento do Território o dirigente da AJAP lembra que “a atividade agrícola e tudo o que ela comporta à sua volta, é a atividade fulcral para se verificarem melhorias muito significativas no ambiente e na administração do território, para além de assegurar a permanência de populações no interior e nas regiões mais desfavorecidas tão severamente ameaçadas”.
E Firmino Cordeiro defende ainda que “facilmente é compreendido por todos que a melhor forma de desenvolver o Litoral é apostar e investir no Interior, essa aposta nos próximos anos deve ser centrada nas pessoas de forma a evitar que mais abandonem, mas acima de tudo é necessário criar incentivos claros que possam fazer regressar pessoas e empresas, nomeadamente Jovens Empresários Rurais e Jovens Agricultores”.