Segundo as previsões, “também os soutos de castanheiros foram severamente afetados por problemas sanitários, nomeadamente pela septoriose, fungo geralmente pouco ativo mas que as temperaturas amenas e as precipitações fortes deste verão fizeram proliferar de forma descontrolada, originando decréscimos acentuados de produção que deverão rondar os 35%, face à campanha anterior.”
Para além disso, deverão ainda registar-se reduções na ordem dos 15% na produção do kiwi, de 10% na produção vitivinícola e de 5% na maçã. Quanto à pera, a campanha decorreu sem incidentes, prevendo-se um aumento de produção de 5%, com frutos de bom calibre mas baixo Brix (indicador do teor de açúcar).

Já a colheita do tomate para a indústria decorreu normalmente até à primeira semana de setembro, com produtividades “elevadas”. De acordo com o INE, “globalmente, a produtividade sofreu uma ligeira redução face a 2013, sendo que o aumento na produção (+20%) resultou exclusivamente do aumento da área.”
Nas vindimas, “a instabilidade atmosférica que se prolongou por grande parte do período normal das vindimas dificultou os trabalhos da apanha da uva e determinou uma redução na qualidade dos mostos, com muitas uvas a chegarem às adegas num estado sanitário deficiente, com podridões ácidas e atividades fermentativas iniciadas”. Este facto, aliado a ataques de míldio, oídio, podridão cinzenta e traça da uva, contribuiu para uma redução na produção que deverá chegar aos dez pontos percentuais.