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Cooperativas representam 43% da produção de vinho do continente

Cooperativas representam 43% da produção de vinho do continente

O setor cooperativo mantém um importante peso na produção vitivinícola nacional. Um estudo do IVV demonstra que, apesar da diminuição do número de cooperativas e associados, a evolução da produção cooperativa é proporcional à produção total.

O estudo “Caracterização do Setor Cooperativo Vinícola em Portugal Continental”, elaborado pelo Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) e divulgado em dezembro com base nas declarações de colheita e produção das campanhas de 2007/08 a 2010/11, conclui que as cooperativas são determinantes na produção de vinho em Portugal continental: representam 43% da produção de vinho no continente e 60% da sua produção é de vinhos aptos a serem certificados.

As 90 cooperativas ativas em 2010/11 produziram 3,1 milhões de hectolitros de vinho. “Analisando o peso da produção associada face à total, verifica-se uma ligeira tendência decrescente até 2009/10 (43% passou para 41%), contrariada na campanha passada por uma subida do peso para 43%, o mesmo que em 2007/08”, afirma o estudo.

 

Isto apesar de o número de cooperativas ter descido 13% em quatro anos e o número de associados ter diminuído em 15% no mesmo período. A região vitivinícola das Beiras tem o maior número de cooperativas, embora tenha perdido quatro, enquanto no Alentejo e Península de Setúbal a evolução no número de cooperativas se manteve estável. O número de associados desceu em todas as regiões, com maior destaque no Minho, Algarve e Tejo, enquanto o Alentejo é a região onde se verificou uma menor diminuição.

Mas apesar destas diminuições “a comparação entre as produções das cooperativas e as produções totais de vinho, revela uma evolução proporcional dos volumes obtidos ao longo das quatro campanhas”, adianta o documento.

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Minho registou maior aumento

Entre a campanha de 2007/08 e a de 2010/11 os aumentos mais significativos registaram-se no Minho (63%) e Algarve (60%) e a maior queda coube à região do Tejo (-8%), “no entanto, é de referir que desde 2008/09 tem-se observado um gradual aumento de produção nesta região”.

 

“Quando se analisa a produção por categoria de produto, verifica-se que, em 2010/11, a categoria “Vinho” é a aquela que apresenta um maior peso na produção das cooperativas, representando 40% da produção total”, afirma o estudo, “no entanto, conjugando as categorias de vinhos aptos a serem certificados (Apto a Vinho com Denominação de Origem Protegida (DOP) e Apto a Vinho com Indicação Geográfica Protegida (IGP)) o somatório das produções perfaz 60% da produção total”, adianta.

Olhando para os escalões de produção, o estudo conclui que na campanha 2010/11, 76,7% das cooperativas produzem até 50.000 hectolitros, mas apenas representam 34% do total da produção obtida. Por outro lado, há seis entidades (metade das quais localizadas na região do Alentejo) que produzem mais de 100.000 hectolitros, contando para 32% da produção total das cooperativas.