Fonte do Ministério da Agricultura revelou ao Jornal de Negócios que “as tendências de mercado, que levam os consumidores a preferir vinhos mais leves e com menos calorias, fazem com que os produtores das outras regiões pretendam utilizar esta menção na rotulagem, estando atualmente impedidos de o fazer”. Caso esta designação não seja alargada a outros produtores, eles “terão de utilizar a designação light, indicação do âmbito das alegações nutricionais que vai acarretar custos acrescidos para os operadores”.
A portaria que deverá regular as normas de rotulagem do vinho para Portugal, decorrente de normas comunitárias, está ainda a ser discutida pelos agentes do setor, “o que significa que ainda não existe uma decisão final sobre o seu conteúdo”.
A decisão definitiva está nas mãos do secretário de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque, e da vice-presidente do Instituto da Vinha e do Vinho, Edite Azenha que remeteu explicações para o Executivo.

Lisboa e Tejo contestam
O presidente da Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa, Vasco d’Avillez, questiona “por que motivo se quer alterar uma coisa que é boa e funciona bem”.
A região produz anualmente cinco milhões de garrafas de vinho leve, “a maior parte por três ou quatro adegas cooperativas que representam, cada uma delas, centenas de produtores”, acrescentou.