Nos dias 23 e 24 de abril terá lugar em Badajoz a segunda edição do Congresso Ibérico da Dehesa e o Montado, um encontro transfronteiriço dirigido principalmente a gestores, proprietários, empresas, agricultores, associações e entidades ligadas a este ecossistema da Península Ibérica.
“O objetivo principal é abordar os progressos no setor da inovação que se têm verificado no âmbito do montado: planos de gestão pecuária e das florestas, novas produções, sistemas de comercialização, novas tecnologias e processos associados”, explica a organização numa nota enviada às redações.
O programa do encontro está estruturado em oito blocos temáticos: “Situação atual do montado, desafios e novos atores”; “O arvoredo no montado: função, manutenção e sanidade”; “Biodiversidade e turismo”; “Pastagens”; “Inovação na gestão do gado”, “Inovação em produções do montado”; “Outras produções e novas tecnologias” e “Ajudas ao montado”.
Segundo o diretor-geral do Centro de Investigações Científicas e Tecnológicas da Estremadura (CICYTEX), Germán Puebla Ovando, a iniciativa “terá como eixo central a inovação em todos os âmbitos do montado: gestão do arvoredo para a sua regeneração, novos modelos aplicados ao gado, melhorias na qualidade da carne e produtos derivados, avanços inovadores em outras produções do montado (gado suíno, carvão vegetal, biomassa, apicultura…) e novos recursos como o turismo rural.”

“As explorações de dehesa e montado são sistemas reconhecidos pela qualidade dos seus produtos, resultado de práticas compatíveis com a conservação da biodiversidade. A Península Ibérica conta com uma superfície aproximada de 4,5 milhões de hectares de montado, e uma terceira parte destes terrenos encontram-se na Extremadura”, indica ainda a organização do congresso.