O preço da madeira praticado pela indústria baixou mais de 30%, alertou a Unimadeiras, a maior organização nacional de produtores e empresários florestais.
O director-geral da Unimadeiras, António Loureiro, afirmou ao Diário de Notícias que «entre 2007 e 2008 assistimos a um período excepcional. Quase não houve incêndios, a matéria-prima valorizou, a procura subiu e isso reflectiu-se, positivamente, no preço». No entanto, este ano esse cenário não se verificou, com uma baixa de preço à porta da fábrica, explicado pelas «dificuldades da venda de produto», um reflexo da crise e também do excesso de importação de eucalipto.
É de resto a madeira de eucalipto onde mais se nota as dificuldades, com a redução dos preços da venda da pasta nos mercados mundiais para valores inferiores aos que se verificavam em Outubro de 2005.
Segundo um empresário do sector, esta queda, superior a 30%, reflecte-se na redução, em média, de «13 euros por metro cúbico. É muito dinheiro». Actualmente, o preço pago pelo eucalipto, na variante sem casca, situa-se entre os 48 e os 38 euros por tonelada.
A Unimadeiras alertou já os fornecedores para terem uma especial ponderação e contenção na compra de madeira. A organização vende anualmente um milhão de unidades, de madeiras como eucalipto, pinheiro, choupo, acácia ou carvalho, e que rendem cerca de 32,5 milhões de euros. Os seus cerca de 600 associados, responsáveis por 15 mil hectares, empregam mais de duas mil pessoas.