A produção de azeite nacional deverá ter alcançado um novo recorde na última campanha. Quem o diz são as mais recentes previsões agrícolas do INE, que indicam que a produção de azeite deverá fixar-se nos 1,16 milhões de hectolitros, a terceira maior produção dos últimos 100 anos.
As previsões agrícolas do Instituto Nacional de Estatística, a 29 de fevereiro, revelam que a última campanha de azeite deverá ser caracterizada pelas “boas características organoléticas e a baixa acidez da maioria do azeite produzido”. Para os bons resultados desta campanha, contribuíram, segundo o INE, “os novos olivais intensivos e superintensivos instalados maioritariamente no Alentejo, com variedades mais produtivas e equipados com sistemas de rega, que compensaram largamente a baixa produtividade observada em muitos olivais tradicionais de sequeiro do interior Norte e Centro”.
Trigo duro deverá cair 10%
No que diz respeito aos cereais de inverno, as áreas semeadas deverão ser semelhantes às da campanha anterior, com exceção do trigo duro, que deverá sofrer uma quebra de 10% na produção. Na aveia, “perspetivam-se aumentos de produtividade que deverão ser significativos”, de mais 25% face a 2015. “As sementeiras dos cereais de outono/inverno decorreram em boas condições técnicas/agronómicas, tendo havido alguns adiamentos devido à ocorrência de precipitação. Está ainda por concluir a sementeira de algumas áreas de cevada, prevendo-se que a superfície ocupada por estas culturas seja semelhante à da campanha anterior “, indica o INE.
Na produção animal, o peso limpo total de gado abatido e aprovado para consumo em janeiro deste ano foi de 40 693 toneladas, o que corresponde a um aumento de 4,7%, devido ao maior volume de abate nos suínos (+5,1%) e bovinos (+4,7%).
O peso limpo total de aves e coelhos abatidos e aprovados para consumo foi 26 310 toneladas, o que representa uma variação positiva de 12,2%, incremento que foi impulsionado pelo maior volume de abate de galináceos (+15,3%).
Recolha de leite cai
De acordo com as previsões agrícolas do INE, a recolha de leite de vaca atingiu as 158,9 mil toneladas, uma quebra de 0,6%. O volume total de produtos lácteos decresceu 1,6% “devido à menor produção dos principais produtos, com exceção da manteiga (+8,7%) e leite em pó (+43,2%).”