Em muitas produções de cereais não foi possível, por impossibilidade de entrar com maquinaria nos terrenos alagados, efetuar atempadamente as adubações de superfície e as mondas químicas. Estes trabalhos agrícolas teriam permitido uma maior resistência das culturas a adversidades, quer pelo aporte nutricional, quer pela diminuição da competição com as infestantes pelos fatores de crescimento. Ainda assim, e face à campanha anterior, prevêem-se aumentos de produtividade em todos os cereais praganosos.
O Boletim Mensal de Agricultura e pescas do INE indica que o estado de encharcamento dos solos tem atrasado a plantação de batata, em particular a de regadio. As plantações de batata de sequeiro, mais precoces e geralmente destinadas à produção de batata primor, foram também afetadas pelas condições climatéricas adversas, mas as previsões apontam para a manutenção das áreas plantas em relação ao ano anterior.
O volume de gado abatido continuará também a descer em todas as espécies, com exceção dos equídeos. Em fevereiro o peso total de gado abatido foi de 32 916 toneladas, o que representou uma quebra de 14% em relação ao período homólogo. Os decréscimos apresentados para bovinos, suínos, ovinos e caprinos foram de 14,6%, 14,0%, 8,2% e 17,0%, respetivamente.

Á semelhança das restantes produções, também o volume do abate de galináceos, codornizes e coelhos deverá continuar a cair. Registaram-se em fevereiro decréscimos para galináceos na ordem dos 9 pontos percentuais e codornizes, na ordem dos 14%, enquanto perus e patos apresentaram aumentos de 14,4% e 6,5%, respetivamente. O volume de abate de coelhos registou uma redução de 20,4%.
No geral, houve também um decréscimo na produção de frangos e aves para consumo. Em fevereiro de 2013 a produção de frango em volume diminuiu 6,4%, com uma produção de 19 795 toneladas. A produção de ovos de galinha para consumo registou uma redução de 3,9%, não ultrapassando as 7 019 toneladas.
A recolha de leite de vaca em fevereiro de 2013 foi 140 mil toneladas, o que representa uma diminuição de 8 %. O volume total de produtos lácteos apresentou também um decréscimo de 8,4% no mês em análise, devido à menor produção de leite para consumo (-10,2%), manteiga (-12,2%), queijo de vaca (-11,1%) e nata para consumo público (-3,7%). Pelo contrário, os leites acidificados tiveram um aumento de produção de 9,6%.